Ao amanhecer do belo dia, havia duas almas gêmeas eternamente apaixonadas um pelo outro a caminho ao palácio.
Os soldados do portão de entrada do palácio ficaram estupefatos quando viram ali do lado de fora o jovem príncipe Rafael querendo entrar para dentro, acompanhado por um belo homem feliz. Ao abrir o imenso portão de ferro, o rei e a rainha já esperavam pelo filho na porta, pois um soldado viera avisá-los de que seu filho mais novo retornara.
Rafael avistou os pais ao longe e temeu pelo que viria acontecer.
— Aqueles são meus pais — dissera Rafael.
— Não se preocupe meu amado, tudo correrá bem... Você e eu viveremos felizes para sempre.
A rainha não aguentara sua saudade e alegria e correu em direção ao filho.
— É melhor descermos agora — disse o amado, descendo de cima do seu cavalo e gentilmente tomou o príncipe nos braços e a pôs no chão.
— Rafael! — gritava sua mãe chorando de felicidade. — Meu filho! — e se atirou de braços abertos, abraçando fortemente o príncipe.
— Mamãe... — e correspondeu o abraço dela.
O rei vinha calmamente em direção a eles. Estava contente e muito aliviado vendo o seu filho de volta. Porém estava curioso em saber quem era o estranho rapaz que estava junto com seu filho. E formulava uma pergunta na cabeça: "Onde está o príncipe Alan?".
— Filho por que fizeste isso para mim ao seu pai? Nós nos preocupamos muito com seu desaparecimento! — indagou a mãe, desabraçando ele.
Rafael não queria relatar que tivera ajuda de seus irmãos e então respondeu:
— Eu estava me sufocando com tudo que me rodeava... Precisava de liberdade.
O rei parou na frente do príncipe. Rafael abaixou os olhos, pressentindo que iria levar uma bronca.
— Onde está o seu futuro marido, Rafael?
Augusto Luís olhou para o amado e este disse olhando com firmeza para dentro dos olhos do pai:
— Está ao meu lado, pai.
A rainha estranhara:
— Onde está o príncipe Alan?
Antes que Rafael pudesse responder, Luis Augusto tomou a palavra:
— Ele está morto...
O casal arregalou os olhos de espanto.
Rafael viu os pais apavorados e disse antes de ouvirem várias perguntas sobre essa tragédia:
— Vamos entrar e lá nós contaremos tudo que aconteceu.
A rainha chorou quando escutou tudo que acontecera com o querido filho quando este relatou sua aventura.
— E foi assim que tudo aconteceu... Se estou vivo nesse momento é por que Augusto Luís me salvara a vida, enquanto o príncipe Alan quase a roubara de mim, me jogando pela janela do segundo andar.
— Aquele covarde te maltratou! — rosnou o rei, emitindo uma raiva fora do normal.
A mãe se arrependera como tratara o filho caçula durante todo esse tempo, apenas julgando com suas próprias opiniões o que seria melhor para o filho e, nunca o escutando como queria que sua vida fosse vivida.
— Deixamos o orgulho nos dominar e não demos o direito para o nosso filho viver sua vida feliz, tendo ele que mostrar para nós o que verdadeiramente sentia em seu coração.
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O Destino do Jovem Príncipe - LGBT
Short StoryNum mundo onde o casamento com o mesmo sexo é tão natural quanto qualquer casamento entre homem e mulher vivia o jovem príncipe Rafael aprisionado em seu palácio enquanto seus dois irmãos mais velhos conspiram contra ele, cercado de inveja por ele s...