Capítulo dezessete: Aurora

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- Quem deixou essa louca entrar aqui? - pergunta dona Carlota atordoada.

- Você está bem? - pergunta Conrado.

- Sim, estou! - digo receosa.

- Marianna querida. Me desculpe por isso, mas, perdi a cabeça. Sei que é sua mãe, mas, alguém precisa colocar limites nessa mulher! Onde já se viu? Depois de tudo o que ela te fez vir aqui pra lhe bater?! É o fim do mundo. - disse ela. Sorriu fraco. - Vou dar ordens para que não a deixem entrar! - ao dizer isso dona Carlota saí.

- Me desculpe! - digo a Conrado com lágrimas nos olhos.

Ele me puxa para sentar em seu colo.

- Não peça desculpas por isso. Não foi sua culpa! - diz ele me olhando atentamente.

- Eu, só estou cansada Conrado!

- Marianna, você foi incrível! Se impôs, e não revidou. Embora minha mãe a tenha batido por nós, mas você não! Mesmo sem perceber, você deu um grande passo. E isso é maravilhoso! Você está andando com suas próprias pernas Marianna! Talvez não seja só eu que esteja fazendo fisioterapia! - dia ele suavemente.

- Obrigada! Obrigada por virar minha vida ao avesso, por me conduzir a caminhar sozinha! - digo com um leve sorriso.

- Você ainda não viu nada. Deixa só eu voltar a andar! Seremos nós contra o mundo. - ao dizer isso, Conrado me beija.

E ali tive a total certeza de que era ao lado dele que eu queria envelhecer.

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- Conrado tem certeza que pegou tudo? - pergunta dona Carlota ao filho.

- Sim mãe. As malas já levei para o carro, e as chaves estão aqui! Não falta mais nada. - diz ele ansiosamente.

- Falta eu! - nesse momento, sinto outra contração e me sento no sofá da sala.

- Como eu iria esquecer de você querida! - diz ele ao se aproximar. - Tudo bem aí?

- Sim, já passou! - digo aliviada.

- Então vão! Ou o bebê irá nascer aqui! - nos apressa dona Carlota.

Sigo sendo guiada por Conrado a passos lentos.

Conrado como havia prometido, já estava andando normalmente e nosso bebê, já estava a caminho.

Chegamos no hospital e logo dou entrada na sala de parto. Aurora estava com pressa para nascer.

- Vamos lá mãezinha! - disse o médico. - Na próxima contração empure. - faço que sim.

E assim foi, quando senti a dor vindo empurei com todas as minhas forças. E logo ouvimos um chorinho.

- Nasceu Marianna! Nossa menina nasceu. - disse Conrado orgulhoso.

Um misto de sentimentos me invadiram. E ao ter minha filha em meus braços, senti que pela a primeira vez na vida, eu estava completa. Eu era uma mulher realizada.

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