A patrulheira galáctica pode contemplar, de maneira perplexa, sobre o leito metálico que ressoava com um leve estalido, ressoando num fluxo sutil de energia elétrica, uma alienígena, talvez proveniente de outra galáxia, de pele morena e cabelos prateado, que dormia em estado de criogenia, praticamente nua, tirando por uma pequena saia feita de um grosso tecido.
- Que seios enormes! Estão fora dos padrões medidos! Falou o X-42 flutuando atrás de Kana.
- Fique quieto, sua máquina intrometida! De onde será que ela veio, dormindo nessa nave enorme, olhe, ao lado dela tem uma espada muito peculiar.
- Realmente, continuou o robô sem noção, uma espada com contorno de serra e sem corte, que mais parece a forma estilizada de um raio, talvez seja condutora de corrente elétricas, segundo minha análise psicotronica.
- E quanto a ela!? Quanto tempo ela está assim, ainda está viva?
- Os recursos vitais dessa nave estão avariados, mas parece que ela está minimamente viva sim, seu coração está pulsando, mas para dados mais avançados ela precisaria ser escaneada, segundo meus dados os metais dessa nave demonstram terem sido construídos a pelo menos mil anos.
- Mil anos...
- Sim, pelo estado de deterioração.
- X, volte a nave e pegue o nosso sistema de vida, vamos transporta-la para lá e leva-la até a base mais próxima.
A flutuante máquina obedeceu, e enquanto a jovem aventureira dos limítrofes da galáxia sondava a sala escura com sua lanterna, percebeu um pequeno cristal sobre uma mesa, ela se aproximou e o pegou, guardando num pequeno bolso lateral de seu uniforme.
Enfim, X-42 trouxe o sistema vital e a estranha garota foi transladada até a nave Starlight, lá, ligada a uma cápsula nova em folha e cheia de fluxos eletrostáticos, seus sinais vitais melhoraram de maneira significativa.
A tenente olhava feliz para a misteriosa passageira, observando a espada dela, a qual colocara sobre uma mesa para análise, X voava pela nave fazendo suas tarefas; foi quando a passageira despertou, abrindo seus olhos de uma hora para outra e puxando os tubos que a faziam respirar na cápsula, imediatamente forçando a porta e fazendo o líquido jorrar pela sala médica. Kana saltou da cadeira aonde estava sentada, assustada, por reflexo pegou seu phazer de raio imobilizador, que estava fixado a uma cinta em sua coxa direita.
A garota seminua saltou em direção a mesa e pegou sua espada, enquanto Kana apontava para ela o phazer , a 'bárbara' inter-galáctica começou a balbuciar suas primeiras palavras em muitos e muitos anos:
- Eu... preciso... COMER!!!!
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STAR SAGA
Science FictionKana é a mais jovem patrulheira da galáxia, ela nasceu no planeta Ômega, responsável pela construção das fibras quânticas que mantêm os motores de dobra funcionando, o que permite os saltos no hiperespaço pelos labirínticos buracos de minhoca do Uni...