Kana é a mais jovem patrulheira da galáxia, ela nasceu no planeta Ômega, responsável pela construção das fibras quânticas que mantêm os motores de dobra funcionando, o que permite os saltos no hiperespaço pelos labirínticos buracos de minhoca do Uni...
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O tradutor universal que Kana usava num ponto, justamente no seu broche no ombro com o símbolo do sol e a astronave (marca da fundação espacial), traduziu instantaneamente as palavras da misteriosa passageira.
- Preciso comer, me dê metais!
- Como!?
- Minha raça se alimenta de metais, meu planeta escuro é rico em minerais, a vida se desenvolveu a partir deles... depressa, senão vou morder sua nave!
- Santo buraco negro! Exclamou Kana – X, busque as peças quebradas do depósito.
Imediatamente o robô voador se lançou em direção ao depósito da nave, e se anexando a uma máquina de transporte com braços, trouxe as peças de metal danificadas que estavam sem uso, imediatamente a bárbara, que já havia se vestido com suas roupas (por sugestão da tenente): um top que protegia seu busto, ombreiras de um metal desconhecido, e suas botas e manguitos, sentou na mesa e se banqueteou com as peças de ferro oferecidas.
Ela contou entre uma mordida e outra sobre a história de sua raça, um planeta tão denso que havia sobrevivido a passagem por um buraco negro, e havia se tornado um planeta que atraia a matéria para si mesmo, condensando em sua superfície todos os tipos de metais, que fizeram sua raça evoluir.
Era um planeta escuro, sem estrela, já que quando se aproximava de outro orbe, planeta, asteroide ou até astro, ele puxava para si toda a matéria dele, acabando por colapsar tudo o que passava ao seu redor com sua terrível gravidade.
Ela havia sido enviada com sua nave antes, para que chegasse a nossa galáxia anos antes do planeta, para que pudesse, através de uma sonda, ajudar o planeta a 'desviar' dos sistemas planetários com vida, se não fizessem desta forma o planeta dos metais iria se direcionar para os locais com mais tecnologia e energia, até que chegasse ao centro da galáxia, o que provocaria tanto sua destruição, por não conseguir absorver tanta matéria, como também a destruição de toda a Galáxia.
Ela disse que acordará assustada, porque percebeu que não estava em sua nave e também que o computador, que ficava junto a ela na forma de seu cinto, a avisara que a sonda havia sido destruída, quando sua nave fora saqueada anos antes. Ela mostrou uma visão do ataque que havia sido gravado, e a tenente percebeu que os saqueadores tinham naves com as marcas do planeta Cubo, sede das maiores gangues daquele braço espiral.
A extragaláctica falou muito, e no final falou que seu nome era Nahiri, e era a maior guerreira de seu planeta, por isso fora enviada na missão de reconhecimento, logo após comer ela se levantou cambaleante, e começou a ficar com sono.
- Ainda preciso dormir um tempo, uns dias ou semanas, até me recuperar completamente...
Em seguida ela despencou, Kana conseguiu segura-la com custo e a levou até uma maca, aonde a cobriu, já que a cápsula ainda estava quebrada após o 'despertar' da guerreira.
Retornando ao presente, meu amigo de infância, Kendra estava passando por dificuldades em seu planeta: Plutão, um baderneiro interestelar, chamado vulgarmente de Yspartacus, estava atacando e saqueando as colônias em seu planeta, tocando o terror.
Ele procurou entrar em contato comigo, sem saber que eu estava indo ao seu encontro, porém as radiações cósmicas estavam atrapalhando a nossa comunicação.
- Kendra... zum zum ... quanto tempo, estou indo te visitar...
- Kana, preciso da sua ajuda... o que você sabe sobre o tal de Yspartacus...
A ligação estava ruim, e procurei informações no meu cubo.
- Parece que ele usa projeção de energia fria, com metano congelado, é seu inimigo natural Kendra, cuidado... mas... zum zum... ele é facilmente tomado pela raiva, e se resolver lutar corpo a corpo, esquece de usar seu poder, e você é mais rápido, pode derrota-lo...
- Obrigado... Kana... zum zum...
- Kendra... eu...
Ia falar algo importante para meu amigo, mas a ligação caiu, e lá estava eu, na minha nova nave, indo em direção ao seu planeta, mas ainda faltavam dois ou três saltos no hiperespaço até chegar lá. Havia deixado a guerreira dos metais em Ômega, em observação, os cientistas falaram que ela dormiria pelo menos mais um mês, ou talvez dois.
Quando ela acordar, vou ver se ela ajuda na busca, mas preciso do Kendra para entrar no planeta Cubo, sozinha não vou conseguir enfrentar aquele antro, será que ele vai aceitar me ajudar?!?
Meneei a cabeça, mas é claro que sim! Kendra era como um irmão, nunca ia me deixar na mão, aquele doce botijão de gás ambulante, com suas belas e elegantes chamas azuis; neste instante o X, na sua forma 'eunuco' apareceu e me retirou dos meus pensamentos.
- Mestra! Preparei o almoço!
Sorri com sua presença e me levantei, enquanto isso, no frio planeta Plutão Kendra caminhava em direção de um desfiladeiro, aonde o salteador havia escondido sua nave, e se pôs no caminho de fuga do ladrão galáctico.
- Alto lá! Vou derrotar e prendê-lo, por perturbar a paz do meu planeta.
- Era só essa que faltava! Disse o gatuno, colocando no chão o amplo saco que levava, resultado de suas rapinagens. Um idiota justiceiro, sai da frente, mane, não sabe que ta falando com o grande Yspartacus! Disse o guerreiro estendendo seu braço, seu elmo prateado que cobria seu rosto reluzia com suas palavras, e Kendra apenas se resignou a fazer um cara de chateado com os dizeres estúpido do ladrão.
- Vai usar sua energia, não!? Porque não se garante nos punhos!
- O que você disse, seu idiota!?!
Iria iniciar uma terrível batalha, o protetor de Plutão venceria aquele inimigo da ordem, qual seria sua verdadeira força de batalha e estratégia!? Não percam nosso próximo capítulo!
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