Chaeyoung faz trabalhos voluntários em hospitais de tratamento ao câncer. Myoi Mina descobriu a doença há pouco tempo e faz de tudo pra lutar contra a morte. Chaeyoung se torna a única pessoa a conseguir fazê-la sorrir enquanto tenta sobreviver.
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Há algo sobre animar as pessoas. Ser aquela a quem dá ao menos um pouquinho de esperança. Aquela que os faz acreditar que tudo pode ser diferente.
Pelo menos Chaeyoung acredita que é assim.
Tem sempre um motivo para estar vivo, e se você não tá lutando contra a morte, pode ajudar aqueles que estão. No hospital especial de tratamento ao câncer de Seul, Son Chaeyoung era conhecida por seu incrível carisma e gentileza. Tem apenas dezenove anos de idade, faz faculdade de música e é extremamente extrovertida.
Talvez por esse motivo que, ao ganhar um violão de seus pais no seu aniversario de dezoito, decidiu que iria usa-lo para alguma causa. E lá estava ela, entrando animadamente na ala pediátrica onde várias crianças brincavam e sorriram animadamente ao ver a mulher e seu violão vermelho parada na porta.
— Olá, meus amores! — e acenou, abrindo um enorme sorriso na direção daquelas crianças.
— Tia Chaengi! — um pequeno garotinho pulou em sua direção, ele carregava um sorriso animado no rosto e em sua cabeça havia uma touca cinza escrito "falta um mês". Chaeyoung arregalou os olhos e se abaixou para receber o pequeno em seus braços, deixando o violão no chão ao lado.
Já tinha em mente o que cada criança daquela sala estava passando e sabia que o pequeno Kwan havia sido diagnosticado com leucemia há algum tempo, e estava fazendo todo o tratamento através da quimioterapia. A mãe do garoto fazia toucas para ele todo o mês, deixando claro no tecido quanto tempo faltava para o seu pequeno conseguir vencer.
— Kwan — O agarrou nos braços, sentido os olhos marejados só com a sensação de saber que outro paciente estava vencendo e que seria exemplo para os outros pequenos continuarem lutando. — Como você está se sentindo, hein, garotão?
— Muito feliz, tia Chaengi — Kwan se soltou, todo animado enquanto falava eufórico — Minha mãe falou que falta pouco pra essa doença ir embora e eu vou poder voltar a minha vida normal. — Chaeyoung balançou a cabeça demonstrando que estava o escutando, mas em poucos segundos a expressão do garotinho murchou, ele olhou para os seus amiguinhos e depois voltou a Chaeyoung — Mas, tia...
— Diga, meu príncipe.
— Se eu vou voltar a vida normal, significa que não vou mais ver meus amigos e nem você, tia? — Chaeyoung quase choramingou pela voz do garoto ter saído tão manhosa.
— Claro que vai poder ver a gente, meu amor. — respondeu, levando a mão para acariciar a bochecha rosada dele. — Você pode vir nos visitar.
