8|Tem romances que nem o outono pode ajudar

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Há centenas de coisas que Jihyo gostaria de ter feito e nunca os fez porque

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Há centenas de coisas que Jihyo gostaria de ter feito e nunca os fez porque...Por que?

— Jihyo, ajeita esse cabelo — A mulher transparecia impaciência, Jihyo suspirou, fazendo o que lhe foi mandado — E, meu Deus, por que veio com essa roupa? 

Desculpe, mãe...

 Por medo. 

Foi por medo que Jihyo não fez nem metade das coisas que ela sempre teve vontade. Medo das opiniões, medo do que os outros achariam daquilo, medo do que sua mãe iria pensar. 

Na psicologia o medo é dado como estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência. Na vivencia é o mesmo que temor, ansiedade irracional ou fundamentada; receio. 

Desde que se lembra por gente, Jihyo precisava da aprovação de sua mãe, em qualquer coisa. Era quase que desesperador não conseguir fazer algo que a agradasse. Por tal motivo talvez sua adolescência de fato não tenha sido das melhores; precisava tirar notas boas, ser exemplar, fazer exercícios físicos pois não podia engordar, amigos só se sua mãe os aceitasse, e se veio sair alguma vez de casa para alguma festa foi beirando aos dezoito anos. Jihyo nem sequer pôde escolher o curso sem que sua mãe a dissesse que estava tudo bem ou não.

— Eles estão chegando, Jihyo, por favor, tente uma conversa agradável com o Jisung — Jihye ordenou novamente.

Jihye ordenava o tempo inteiro. Jihyo nunca quis ficar tanto tempo presa ao seu último relacionamento, ele era tóxico, mas sua mãe o adorava, então ela não terminou antes, para não desagradá-la. 

O barulho da porta da frente sendo aberta fez Jihyo fechar os olhos por dois segundos e respirar fundo enquanto se levantava do sofá para receber as visitas. Depois de muitas insistências de sua mãe para que esse jantar acontecesse, Jihyo não teve muitas escolhas, então ela aceitou, para não desagradá-la

— Ai meu Deus, Jihyo, como você está crescida — Senhora Han se aproximou a olhando de cima abaixo, seu marido e seu filho vinham mais atrás, Jihyo fingiu um sorriso e a cumprimentou com dois beijos nas bochechas.

— 1,62cm é muita coisa mesmo — ela brincou, por educação, pois seu rosto dizia totalmente o contrário. — Olá, senhor Han e Jisung.

Aos doze, Han Jisung e Jihyo costumavam ser melhores amigos. Eles passavam o recreio juntos e dividiam o lanche. Jisung foi o único amigo homem que Jihye aceitou que Jihyo tivesse. Eles formavam uma bela dupla, se conheciam tão bem. Mas o tempo mudou e os dois passaram a se tornar estranhos. E treze anos depois não parecia estar diferente.

— Oi, Jihyo — Jisung sorriu, dando um beijo em sua bochecha. — Está linda, a proposito. 

Jihyo se sentiu tendo um dejá-vu, pela boa educação do garoto, sempre que se viam na infância, ele costumava dizer a mesma coisa.

Romance De Outono|MiChaengOnde histórias criam vida. Descubra agora