Chaeyoung faz trabalhos voluntários em hospitais de tratamento ao câncer. Myoi Mina descobriu a doença há pouco tempo e faz de tudo pra lutar contra a morte. Chaeyoung se torna a única pessoa a conseguir fazê-la sorrir enquanto tenta sobreviver.
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Costumam ser diferente as reações de cada paciente ao receber a notícia de que fará sua última sessão de quimioterapia antes da tão esperada cirurgia. Eventualmente, de pessoa para pessoa, aquilo pode ser de triste à feliz. Muitos emanam felicidades, enquanto outros sentem medo.
Mina estava com medo.
No momento em que Jihyo noticiou, feliz da vida, que logo chegaria a última sessão de quimioterapia, Mina sentiu sua pressão cair por um instante, presa a ideia de que poderia não dar certo.
Era pessimista, sabia disso. Sabia muito bem, na realidade, não acreditava na sorte, tão pouco em segundas chances, mas Chaeyoung estava lá, e dizia o tempo todo que daria tudo certo.
— Você sabe que está bonita, não sabe? — Chaeyoung murmurou, sorrindo largamente enquanto admirava Mina através do espelho de seu quarto.
— Estou? — Mina perguntou com um sorriso, embora soubesse que a peruca em sua cabeça a deixava sim bonita. — Não acha que está artificial demais? Não quero parecer uma boneca de plástico.
Chaeyoung negou e se levantou da cama em que estava sentada, caminhando até Mina em sua penteadeira. Erguendo a mão, seus dedos alcançaram os fios da peruca e os arrumou sobre a cabeça dela enquanto seus olhos se encontravam através do espelho.
Não eram os cabelos de Mina, mas era um cabelo, que um dia já foi de alguém e eventualmente se transformou em peruca. Fora Jihyo quem indicou o local onde puderam encontrar o conforto de ter fios novos. Uma ala do hospital, onde eram feita doações de cabelos para a confecção de perucas para pessoas com câncer.
— Está linda. — Chaeyoung voltou a afirmar, passeando as mãos pelos fios macios. — Com ou sem, você continua a mulher mais linda que já vi em toda minha vida.
As bochechas da japonesa ganharam cor, ela abaixou a cabeça e sorriu pro nada, agarrando a mão de Chaeyoung de sua cabeça, ela as levou até seus lábios, fazendo-a se inclinar contra suas costas para que pudesse deixar beijos carinhosos sobre a palma.
Não satisfeita com tão pouco, Chaeyoung girou a cadeira para que Mina ficasse de frente para ela e então pudesse se inclinar para beijar os lábios dela.
Um beijo gentil e ao mesmo tempo apaixonante. Mina levou uma de suas mãos até o pescoço de Chaeyoung, a puxando para que ela se sentasse sobre seu colo, embora Chaeyoung ainda se equilibrasse para não deixar todo o peso sobre o corpo dela. Tateando o braço de Mina, Chaeyoung subiu até que pudesse puxá-la para mais perto pela nuca, ao mesmo tempo em que mordiscava o lábio inferior dela com prazer.
Mina suspirou, criando forças para separar as bocas ofegantes.
— Te amo. — sussurrou. — Te amo muito, minha Chaengi.
Chaeyoung mal conseguiu respirar, raciocinando o que foi dito e arregalando os olhos, como se nunca tivesse escutado a declaração antes, embora sempre parecesse a primeira vez.
