Chaeyoung faz trabalhos voluntários em hospitais de tratamento ao câncer. Myoi Mina descobriu a doença há pouco tempo e faz de tudo pra lutar contra a morte. Chaeyoung se torna a única pessoa a conseguir fazê-la sorrir enquanto tenta sobreviver.
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Certa vez, quando estava terminando o ensino médio, Sana ouviu seu professor dizer que o amor era um "troço" estranho. No dia, ela riu e negou, desacreditada com o pensamento, como podia ser algo estranho um sentimento tão lindo? Nunca havia entendido seu professor, até passar pela situação que a fez enxergar o troço estranho que ele dizia. Fazia sentido agora achar que o amor era egoísta, estupido e tudo aquilo que abrangia as palavras mais feias que poderia direcionar ao sentimento que achava incrível. No fundo, bem no fundo mesmo, ela sabia que seu professor estava errado.
Mas, naquele momento, resolveu acreditar que era estranho mesmo e acabou.
Não estava nos melhores dias, se pudesse descrever, diria que era apenas automático, como se fosse um robô idiota apenas funcionando até que a bateria acabasse. Até mesmo seu trabalho que costumava ser um de seus pontos de paz, não estava mais funcionando como remédio.
Ninguém estava, e custou a acreditar que alguém funcionaria também.
— Não vai rolar — resmungou com uma lufada de ar. — Por que me trouxe aqui?
Dahyun ignorou sua melancolia e deu a ela um sorriso de dentes brancos enquanto entravam no bar.
O bar/lanchonete que Chaeyoung trabalhava.
— Você tem que sair um pouco de casa — Dahyun disse pacientemente — Sabe, somos praticamente da mesma família, precisava te tirar do fundo do poço.
Sana revirou os olhos e se inclinou sobre o ombro dela enquanto alcançava os passos rápidos.
— Eu não estava no fundo do poço, isso se chama descansar depois de um dia cansativo.
— Enquanto chora e assiste Titanic pela vigésima vez?
Sana não respondeu, no entanto, ela tinha razão nos fins das contas, estava no fundo do poço, bem afundada enquanto derramava lágrimas melancólicas.
Tudo por culpa do troço estranho do amor. Seu professor tinha razão.
— Ei, Chaeyoung! — Ouviu o cumprimento de Dahyun quando pararam em frente ao balcão onde a outra garota as olhava sorrindo.
— O que fazem aqui? — Chaeyoung perguntou, se inclinando para apoiar o cotovelo dobrado sobre o balcão. — E oi, Sana.
Sana sorriu fraco e acenou com a cabeça.
Dahyun apontou e negou com a cabeça com uma falsa expressão de decepção.
— Acho que isso já responde a sua pergunta.
— É. — Chaeyoung fez uma careta — Totalmente.
— Fala sério — resmungou com um revirar de olhos, se aproximando para se sentar na banqueta.
Chaeyoung riu dela e arqueou as sobrancelhas para sua melhor amiga que imitava Sana ao se sentar também.
— Isso parece ser sobre amor. — Suspeitou com os olhos cerrados, Dahyun ergueu a mão e assentiu como se ela tivesse acertado muito.
