Chaeyoung faz trabalhos voluntários em hospitais de tratamento ao câncer. Myoi Mina descobriu a doença há pouco tempo e faz de tudo pra lutar contra a morte. Chaeyoung se torna a única pessoa a conseguir fazê-la sorrir enquanto tenta sobreviver.
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Quando Mina abre os olhos depois de muito tempo, ela sente como se renascesse outra vez.
Suas pálpebras estão pesadas e ela pisca por muitos segundos antes de tentar focar em alguma coisa. A primeira coisa que consegue enxergar, no entanto, é o teto branco do quarto que está meio escuro. Há um silêncio no local, só sendo possível de ouvir o bip da maquina ao seu lado.
Ela respira mais fundo, se acostumando enquanto gira a cabeça para ver mais ao redor e tentar se situar. Ok, estava no hospital. As lembranças de repente voltaram com força. A cirurgia!
Estava acordando de uma cirurgia de sete horas de duração. E estava bem.
Não sentia nada além de um desconforto na cabeça pela posição.
Olhando um pouco mais, seus olhos flagraram Chaeyoung dormindo sentada sobre a desconfortável poltrona que tinha perto da maca. Automaticamente sorriu com aquilo. Estava bem e sua namorada estava lá apenas esperando que ela acordasse.
— Chaengi... — o silêncio é interrompido por sua voz rouca sussurrando pelo nome dela, a principio, Chaeyoung nem se meche. — Chaengi!
Com um pulo no lugar, Chaeyoung volta a realidade, se erguendo de uma vez só, olhando ao redor com os olhos arregalados tentando se acostumar com a escuridão do quarto. Mas é quando Mina solta um risinho rouco e baixo que Chaeyoung a olha, sorrindo desacreditada em seguida, antes de se aproximar com pressa dela.
— Mina! — ela agarra sua mão — Você acordou!
Mina sorri fraco, meio sonolenta antes de assentir e apertar suas mãos juntas.
— Acordei.
— Você está bem? — Chaeyoung questionou, se aproximando para ajeitar os travesseiros abaixo dela e a coberta ao redor de seu corpo, além de verificar as maquinas ao lado da maca, como quem está mais desesperada que preocupada. — Está sentindo alguma coisa? Dor de cabeça? Fome? Sede? Quer que eu chame a enfermeira?
— Chaengi! — ela riu, a segurando pelos pulsos para que ficasse quieta. — Eu tô bem.
— Tem certeza?
Mina achou que nunca acharia alguém mais preocupado que Chaeyoung nesse mundo. Então ela sorriu mais um pouco e assentiu com a cabeça, a puxando pela mão para que se abaixasse o suficiente para deixar um beijo em seus lábios.
— Estou bem, meu amor. — sussurrou rente aos lábios da outra. — Eu só preciso descansar um pouco. Apenas fique aqui comigo.
Chaeyoung assentiu rapidamente com a cabeça, puxando a poltrona para mais perto da cama, e se sentando, metade do corpo inclinado para a maca para que pudesse agarrar a mão de Mina, deixando um carinho sobre a pele macia e pálida.
Não conseguia controlar o coração que acelerava tamanha era a felicidade por vê-la acordada depois de quase um dia inteiro sem vê-la de olhos abertos.
