Inferno Natural

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Nesse Inferno Natural,
Os meus olhos cegos
Enxergavam esperança
No crescimento deste país criança,
Abençoado com recursos naturais,
Mas, para a minha infelicidade,
Hoje dão cabo da minha cidade.

Pois...
O meu povo chora
Lágrimas que não rolam nessa seca,
De tanto que estrangulam os sem-vozes,
Esfolando os nossos rostos inocentes,
Semeando medo em nosso rebanho sem pastores. 

O meu povo chora,
Pois a vida tenta dar Cabo na Palma desse Delgado
Condenado por nascer no Inferno natural.
Cuspindo Mocimboa de balas contra a nossa Praia,
Tirando-nos aquilo que poderíamos chamar de lar. 

Ah, Esperança!
Acabaste tornando-se o nosso maior inimigo,
Disfarçada detrás da máscara de “Terroristas”,
Tirando vidas não vividas.
E
Em pó os sonhos tornam-se,
Tudo embrulhado nos meus olhos negros.

O meu povo chora
Durante os dias que se tornaram noites e noites que se tornaram dias...
Talvez esse seja o nosso fim
Nessa guerra não declarada
Sem rosto autêntico.

Pambyson Pambe





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Até sexta-feira com mais um poema que viajou do Céu ao Inferno de Terras Distantes...

Do Céu ao Inferno (de Terras Distantes)Onde histórias criam vida. Descubra agora