Este mundo, do qual sou filha,
Me fez vítimas de seus maus passos,
Me fez prisioneira em meu próprio quarto,
Me faz calar meus sonhos se o limite eu ultrapasso.Este mundo, do qual sou fruto,
Ensinou-me a odiar o mundo,
O diferente,
A amar a solidão
E ser intolerante ao que não cabe no meu quarto.Este mesmo mundo que aqui descrevo,
Recrimino
E condeno
Me criou e fez/faz de mim quem sou.
Me diz, sem usar palavras,
Até aonde posso ir,
Que horizonte posso ver,
Quais nuvens deixo passar,
O que não devo ousar alcançar.Este mundo...
Não me deixa ser eu:
Aprisiona-me,
Faz de mim uma marionete.
Será que tenho identidade?
Ou talvez eu desconheça a minha própria verdade.Acho que não pertenço a este mundo,
Não há espaço para mim.
O meu mundo não cabe num quarto
E cansei de silenciar os meus atos.
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Do Céu ao Inferno (de Terras Distantes)
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