Oi, sou eu!
Acurado desde o pescoço
Pelos arames do meu silêncio.
Todo eu, esfarrapado desde as vestes do meu corpo,
Desferido e esquecido nesses calabouços.
Sim, sou eu, todo eu, um ser vitalício.Por favor! Deixem-me falar,
Eu insisto...
Libertem-me dessas amarras,
Deem-me a voz, que me falta à alma,
Para invocar com o meu “Povo no poder”
Fluído até Atenas,
Afastando, assim, o opressor da minha terra.Alô!
Sou eu, a criança sem tento,
Que chora por seu cão,
Que lhe falta um pão
Para com ele dividir.Deixem-me falar!
Larguem-me o pescoço,
Tirem a arma da minha cabeça.
Deixem-me respirar...
Para com a boca
Envenenar nossa estupidez,
Vos desmascarar sem dó e sem nenhuma timidez.Alô!
Sou o jovem...
Aaaah, a vossa prisão me roubou a voz,
Mas deixem-me falar,
Mesmo me faltando o tom da voz...Deixem-me falar,
Eu imploro...
Preciso desmascarar esses vampiros
Que do nosso suor sobrevivem,
Do nosso sangue se procriam,
Que da nossa miséria se riem.Preciso falar,
Deixem-me falar...Pambyson Pambe
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Olá, caros leitores!
Hoje resolvemos dar voz a tudo o que nos sufoca.
Dar voz a cada indignação que não cabe mais em silêncio algum.E, agora, queremos escutar a sua voz🗣️
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Do Céu ao Inferno (de Terras Distantes)
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