The Return

Segredo

Ele se arrependia das decisões que tomou em sua adolescência, mas o que ele deveria fazer? Seu melhor amigo tinha sido morto por uma criança de 12 anos, cuja era seu irmão mais novo que tinha acabado de descobrir. Seu pai nunca mencionou ter outros filhos, apesar dele saber que o homem tinha outras mulheres. Que idiota, claro que ele teria outras crianças, era seu pai, afinal das contas.

Mas o pior de tudo não foi saber que Kazutora era seu irmão mais novo, mas saber que aquele garoto tirou uma vida, a vida de alguém que ele tanto estimava. E depois que conheceu o menino no reformatório, seus dias foram de mal a pior, ele não sabia que decisões tomar, ele tinha acabado de entrar na fase adulta.

Seu coração clamava para ele ajudar o menino, mas a razão dizia para deixá-lo pagar por seus crimes. Sua consciência pesou depois que ele decidiu não ajudar seu irmão, e tudo piorou quando o mesmo falou sobre querer roubar uma moto para deixar seu amigo feliz - vulgo Sano Manjiro.

Um mês após a morte de Shinichiro, ele viajou para outro país, um bem longe onde tivesse paisagens legais, ele queria se desfazer da dor que sentia no peito. Após chegar na Argentina, ele chorou por dois meses pela perda do amigo, mas que, com ajuda dos amigos que fez, as coisas foi mudando.

Takuya e Akkun foi essencial para ele sobreviver no exterior, eles foram as âncoras da sua nova vida. Seis meses depois, ele conheceu Yamagishi e Makoto, dois grandes idiotas, mas que ele tanto gosta. Os quatros voltaram para o Japão um ano depois, pois os mesmos tinham ido apenas passar as férias da faculdade.

Com insistência de Takuya, ele se juntou a viajem de volta, e talvez fosse a melhor escolha que ele tenha feito durante aquele tempo difícil. Depois que ele foi para seu apartamento alugado, com seus novos amigos, o senhor Sano foi o procurar. Não demorou nem um dia desde sua chegada, e o senhor de idade foi até onde ele morava para conversar. O Sano não deu muito detalhes da conversa, mas explicou que ele tinha uma coisa para lhe mostrar, e claro que ele concordou.

O avó de Shin o levou para um lugar distante da cidade, e que por sinal era no meio de muitas árvores - ele quase teve a ideia do velho querer matá-lo ali mesmo e depois se desfazer de seu corpo.

Os dois foram parar em um enorme casarão, que era todo branco - ele não gostou, sua preferência é de cores vivas e fortes. Mas deixando isso de lado, ambos adentraram a casa e foram até um quarto, que diferente dos restos dos cômodos, ele era cinza e tinha detalhes azul.

Quando ele viu uma cama com alguém deitado em cima da mesma, ligado a vários tubos, ele se perguntou se o velho realmente matou alguém, mas quando viu quem era, sua mente parou de funcionar.

Não era ninguém menos que Sano Shinichiro, seu amigo de infância.

Ele não iria negar que desabou em lágrimas, porque foi o que ele realmente fez, ele chorou igual uma criança de 2 anos. O senhor Sano lhe explicou que Shin não tinha morrido, ele sobreviveu por um milagre, e aproveitando a situação em que todos pensavam que o moreno tinha falecido, ele enganou a todos, escondendo-o de tudo e todos.

Por um momento Takemichi teve a vontade de matar aquele velho por fazer tal coisa, não só ele tinha sofrido, como também os irmãos de Shin e seus amigos, mas ele aos poucos ele entendeu o que o senhor fez - pois ele fez o mesmo com uma garota há três anos e meio.

Ambos concordaram em não falar isso pra ninguém, mas a condição foi quebrada após Seishu Inui segui-lo. O adolescente ficou curioso para saber mais sobre seu novo líder, e isso resultou na descoberta do esconderijo de Shin.

Ele tentou fazer o garoto não falar nada sobre o que tinha visto, foi um pouco difícil, pois Seishu admirava tanto Shinichiro que queria sair divulgando seu estado condicional para todos seus seguidores. Takemichi ficou por um dia explicando a gravidade do problema, se alguém, que não era de confiança, soubesse, iria resultar em problemas. Por uma semana e meia, ele seguiu o menino, verificando se ele realmente manteu a promessa de não falar para ninguém sobre.