Capítulo 25:O vazio sem vida.

383 47 36
                                    

Império Ecicyead.
Cidade Meralyna|
Casa de Hawks.

.
.
.

  As ervas e líquidos estranhos eram despejados apressadamente dentro do grande recipiente, fazendo a água posta começasse a tomar uma cor arroxeada.Hawks separava aos ingredientes certos para o final de sua mistura estranha como Dabi gostava de chamar, afinal era desgastante vê-lo tão nervoso por algo apenas ele tinha noção.

— Ei, Hawks!Pode me dizer o porquê de tanto desespero? — esbravejou o moreno, cansado de tanto silêncio por parte do namorado que tremia de tanto nervosismo desnecessário, pelo menos era isso que achava. — Oe!Está sequer me ouvindo?!

— Me deixe em paz um minuto Dabi! — o dourado bateu as mãos na mesa de madeira com força, tanta que o pote feito de argila em cima da mesa, caiu no chão de pedra e se estilhaçou em inúmeros pedaços. — Eu não tenho muito tempo, então pare de me atrapalhar! — jogou o frasco de um elemento viscoso enquanto tentava — mesmo que inutilmente — desviar a atenção do moreno para outra coisa que não seja seu desespero evidente.A mistura fora colocada na ponta de uma espada metálica com o máximo de cuidado, e mesmo escutando os resmungos e exclamações de Dabi, ignorou, continuando a despejar a tal mistura misteriosa.

— Porra, Hawks!Me responda! — retirou a espada da mão do outro rapidamente, pressionando-o contra a mesa atrás dele.O loiro suspirou fundo quando percebeu que não teria outra escolha a não ser contar a verdade à Dabi, mesmo que odiasse a possibilidade dele tentar impedi-lo, ainda que ela fosse bem baixa. — Hawks, me conte o que está acontecendo, agora! — ditou impaciente.

— Rsk! — estalou a língua. — Me siga e você verá, ou melhor, deixe-me ir e eu lhe conto no caminho. — o dourado encarou os olhos flamejantes e azuis que pareciam devora-lo como um animal faminto, prestes a atacar o seu corpo sem piedade caso não recebesse uma resposta concreta, e ainda com isso, manteu-se firme e devolveu o olhar faminto. — Você escolhe.Você me deixa ir ou eu terei que deixa-lo, você querendo ou não. — Hawks apoiou a mão na madeira desgastada e observou o namorado suspirar profundamente a procura de calma, que, infelizmente, não tinha muito no momento. — Então, o que vai ser?

— Seu merda! — Dabi liberou o loiro de seu agarre, exclamando. — Só dessa vez, dessa vez, eu o deixarei ir, e é melhor que você me conte! — gritou, prontamente, mesmo que esperasse um reação daquelas, foi ignorado pelo outro que colocava a espada em sua bainha novamente, amarrada em seu quadril. — Vai ficar aí olhando essa espada?Não estava com pressa?! — questionou-o exaltado.

— Cale a boca!Está me distraíndo! — correu até a porta rapidamente com uma carta em mãos, passou-a para Dabi, trancou a porta e assim eles partiram depressa para o local em que o dourado tanto queria chegar.A chuva caia como gotas de prata derretida, doía a cada contato com seu corpo, sem saber ao menos o que causava tal estranheza em sua pele, pensando consigo mesmo."Só pode ser aquilo, ainda que sabia a catástrofe que ele traria" pensou Hawks, sentindo as gotas de chuva e suor descerem por suas roupas. — Dabi — chamou. — , lembra qual era a última parte da carta que entregamos a Shoto meses atrás? — os barulhos da chuva tornava a sua fala quase inaudível para o moreno, mas como um ouvinte e observador, respondeu-lhe:

— Bom, se eu estiver correto, ela dizia: "O Irmão daquele que reina trará morte e desgraçada a todos que o enfrentarem, junto a sombra que o segue, ele trará a guerra." — respirou mais rápido, abruptamente procurando um pouco de ar.Franziu o cenho, irritado. — Você vai me explicar algo ou não?!Porra!Por que simplesmente não me responde!

「 𝐌𝐞 𝐚𝐦𝐞, 𝐢𝐦𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫! 」• ^𝐁𝐚𝐤𝐮𝐝𝐞𝐤𝐮/𝐤𝐚𝐭𝐬𝐮𝐝𝐞𝐤𝐮^Onde histórias criam vida. Descubra agora