「 𝐌𝐞 𝐚𝐦𝐞, 𝐢𝐦𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫! 」• ^𝐁𝐚𝐤𝐮𝐝𝐞𝐤𝐮/𝐤𝐚𝐭𝐬𝐮𝐝𝐞𝐤𝐮^

Capítulo 24: Petrificado e sem palavras.

Império Ecicyead.
Palácio imperial.

.
.
.

Kyouka andava calmamente pelo palácio, como prometido, teria que entregar as últimas notícias ao imperador o mais depressa possível.A porta dos fundos estava aberta, raramente isso acontecia, pois era uma das únicas que usavam aquela porta algo já que todos usavam a porta principal, especificamente por ser uma conselheira.Adentrou o antigo palácio da imperatriz, ele já estava ficando muito desgastado pelo tempo de desuso e pela grande quantidade de plantas no local - essas que foram crescendo sem limites por toda a extensão das paredes e estátuas - , porém mantinha-se como antes;uma memória vetusta.

A morena olhava a sua volta com atenção, mas não via ou ouvia absolutamente nenhum único ruído, no final de tudo nada lhe interessava o suficiente para ir atrás.O vento batia suavemente nas jenelas, os pássaros voavam apressadamente para uma única direção, estranhou aquilo, afinal já era noite e os pássaros não costumam circular por ai, principalmente nesse horário.

- Que estranho... - sussurrou. - O clima está escuro e frio agora, então não acho que os pássaros deviam voar por agora.A porta também estava destrancada, né? - murmurrava continuamente para si mesma.Estava com uma pulga atrás ds orelha;um pressentimento muito ruim, sabia que algo estava estranho mesmo sem conseguir dizer exatamente o que era. - Melhor eu deixar isso para lá... - começou a caminhar por dentro do grande jardim de estátuas.

O cheiro de rosas tomou conta de suas narinas, seu semblante calmo se contorceu quando o aroma das flores infestaram seus sentidos repentinamente.O cheiro era gostoso e muito calmante para quem o sentisse, mas em uma quantidade tão abumdante assim causava enjoos e tonturas em Kyouka, mesmo que estivesse com um pano pressionado na frente de sua boca.Adentrou ainda mais o jardim denso de arbustos cobertos por flores vermelhas e brancas, era tantas que se confundia ao passar pelos caminhos estreitos dentro deles, não sabia para onde aquilo daria, não sabia o que tornava aqueles itinerários tão restritos a ponto de não conseguir passar direito.Foi quando notou que estava perdida.

- Ah, merda!Desse jeito eu nunca vou chegar a tempo! - esbravejou. - Isso precisa ser tão confuso, aonde eu me meti? - questionava para si mesma consecutivamente, olhando em volta a procura de alguma placa ou algo para se localizar.Para o seu azar, incrivelmente forte, ela não achava nada. - Ah, que ótimo!Agora eu me perdi de vez! - exclamou por ver o caminho dem saída aonde se encontrava.Tentou inutilmente voltar ao caminho que havia feito anteriormente, mas acabou se desviando graças a uma fonte de água no meio daquela imensidão vermelha."Eu nunca tinha visto uma fonte no jardim, nem mesmo quando a Imperatriz ainda estava viva" Jirou pensou cautelosamente, poderia ter algo por perto já que a noite havia deixado claro que tinha mais do que uma simples carta de execuções públicas, era algo pior.

Um arrepiu agudo passou correndo por sua espinha, avisando-a que algo estava errado, agora estava definitivamente errado.Correu em direção ao centro perto da fonte de água, aproximou o rosto da luz que reflitia no líquido transparente e observou o próprio reflexo até sua atenção ser tomada pela chave brilhante no fundo de pedra, mantendo-se amarrado por um cordão em um pequeno gacho ao fundo.Assustou-se quando o barulho de vidro quebrando tomou conta de seus ouvidos sensíveis, tampando-os e olhando em volta a procura do causador de tal ruído agonizante, sendo ele, mesmo que inacreditável, um pássaro, especificamente uma Harpia, a águia do imperador, Claus.

- Claus?O que estaria fazendo aqui... - confusa, olhou a sua volta. - O imperador não está aqui, você não costuma sair muito sem ele... - murmurrou, aproximando-se da harpia com cuidado, e mesmo com isso, muito cuidado, ele simplesmente saiu voando em direção a um caminho estreito atrás da fonte.Era bizarro, porém não custava nada segui-la."Eu aindo me pergunto o que diabos está acontecendo.Por que está tudo tão quieto, silencioso?" , os pensamentos tomavam conta de sua mente já cheia de confusões, assim como os problemas em volta de todos tomavam uma proporção maior do que haviam previsto, pelo menos era isso que achava.