IV.

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Olá meus queridos, como estão?

Primeiramente queria agradecer aos votos do capítulo anterior, vocês não tem ideia do quanto ajuda a fic e quanto me alegra em ver o feedback de vocês <3'

Esse capítulo é mais curto que o anterior, mas já aviso que os capítulos daqui em diante serão um pouco mais logos, tendo uma média de 2.000 a 3.000 palavras.

Sem mais delongas, vamos ao capítulo :*

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27 de Novembro de 1864

Buntingford – Hertfordshire – 11h

Era a segunda vez que Charlotte despertava naquele dia. A primeira vez foi às 7h, quando Mary trouxe o café da manhã e os chás que Henry prescrevera em uma bandeja. Após alimentar-se, Charlotte adormecera novamente em razão da gripe que a deixara sonolenta.

Desta vez, Mary a despertou com o almoço e os chás, também em uma bandeja:

- Trouxe-lhe o almoço, Senhorita Hughes.

- Muito obrigada, Senhora Williams.

Após Mary colocar a bandeja no colo de Charlotte, elas ouviram três batidas na porta do quarto de Charlotte e em seguida a voz de Henry:

- Permita-me entrar, Senhorita Hughes?

- Por favor Senhor Lancaster, entre. – Respondeu Charlotte em um tom mais alto e Henry abriu a porta, adentrando no quarto.

Charlotte reparou que Henry estava com o cabelo arrumado e bem vestido, contrastando drasticamente a sua figura pela manhã. Seu olhar passava tranquilidade e alento, fazendo com que Charlotte se sentisse melhor de forma instantânea. Henry aproximou-se do criado mudo que havia perto da cama e colocou sua maleta de utensílios médicos.

- Está com o semblante melhor, Senhorita Hughes. Significa que seu corpo está reagindo bem ao tratamento. – Disse Henry, enquanto colocava o estetoscópio em seu pescoço.

- Sinto-me muito melhor, Senhor Lancaster. Porém, ainda sinto dores de cabeça e muita sonolência. – Disse Charlotte enquanto bebericava o seu chá.

- O quadro gripal causa dores de cabeça e bastante sonolência. Alguns chás que eu prescrevi também. No entanto, o repouso é fundamental para a sua cura, inclusive em dormir. – Disse Henry enquanto pegava dois frascos de vidro em sua maleta. – Mary, deixarei contigo esses dois fracos, são óleos naturais de plantas, um é de hortelã pimenta e o outro é de alecrim. – Disse Henry, expondo e entregado os frascos para Mary. – Peço-lhe que despeje algumas gotas de ambos em um pano e coloque-o no esterno da Senhorita Hughes duas vezes ao dia e deixe-o por 15 minutos.

- Farei isto, meu senhor, esperarei a Senhorita Hughes almoçar. – Disse Mary colocando os frascos em cima da cômoda localizada perto da janela.

- Muito obrigada, Senhor Lancaster. O senhor está sendo muito gentil comigo, perdoe-me por não ter dinheiro no momento para remunerar os teus serviços médicos... – Disse Charlotte esfregando os dedos na xícara de chá.

- Por favor, Senhorita Hughes. – Interrompeu Henry, sentando-se em uma cadeira ao lado da cama de Charlotte. – Os nossos pais eram grandes amigos, a senhorita é de casa... jamais lhe cobraria uma libra, fique tranquila. – Disse Henry com um olhar terno.

- Fico extremamente agradecida por sua gentileza, Senhor Lancaster. Digo, toda a sua família é muito gentil. – Henry sorriu timidamente ao ouvir as palavras de Charlotte.

- Permita-me examiná-la? – Charlotte acenou positivamente. – Com licença.

Henry levantou-se da cadeira e sentou-se na cama, ao lado de Charlotte. Examinou suas pálpebras, os batimentos cardíacos através do estetoscópio.

In Between | Tom Holland & Theo JamesOnde histórias criam vida. Descubra agora