À noite, jogado no sofá de seu novo apartamento, César tinha sua atenção fixada na pequena tela do seu celular onde surgia uma foto de uma mulher em cima de uma cama, sentada, mas inclinada como se exibisse os quadris para a câmera. O vestido preto curtíssimo deixava tudo à mostra. Não usava calcinha, deixando os lábios lisos da vagina expostos, espremidos entre as coxas e bunda volumosas. Os cabelos ruivos caiam pelos ombros enquanto a mulher olhava de lado para a câmera. Era uma das poucas fotos em que ela se escondia atrás de uma máscara vermelha, pois a maioria delas exibia o rosto borrado. Esta era a primeira de muitas fotos que o rapaz olhava em um site de anúncios de garotas de programa. Era de costume dele passar horas olhando fotos de garotas se exibindo fantasiando o dia em que contratasse os serviços de uma delas. Na verdade, todas as fotos buscavam evidenciar suas formas generosas em poses provocantes, deixando pretensos clientes sedentos de desejo, assim como César estava.
O novo emprego, uma espécie de "assessor para qualquer assunto", de Clara, fez sua vida virar de ponta cabeça. Não apenas em relação às aventuras sexuais que as demandas de sua chefe provocaram, mas também pelo tempo gasto em seu trabalho. Sua principal função era facilitar a vida de sua Chefe que, como dona de algumas empresas, precisava de alguém que cuidasse das mais diversas tarefas. Isso lhe exigia mais tempo do que as tradicionais 9 horas de trabalho, o que o afastava dos seus vícios em pornografia e suas afeições platônicas aos anúncios dos sites. Antes do novo emprego, César vivia olhando anúncios imaginando encontros, eventualmente trocando mensagens com uma ou outra, mas sem coragem de marcar um encontro. Agora, pouco lhe sobrava tempo para essas diversões ao mesmo tempo, em que encontrou em Clara, e algumas vezes em Nathália, deliciosas amantes casuais. Suas visitas aos sites e breves interações com as garotas foram deixando de acontecer. Até aquela noite.
O novo e exaustivo emprego também permitiu a César uma excelente remuneração, permitindo-lhe se mudar para um apartamento um pouco maior, apesar de ser apenas um quarto e sala, era mais espaçoso e ficava uma região mais bem localizada. Foi um dia tranquilo, onde Clara não lhe exigiu tanto e o dispensou cedo. Vestindo apenas um short folgado enquanto repousava em seu sofá, César se lembrou dos sites que visitava e entrou neles. Entre os vários anúncios, encontrou a mesma ruiva com quem sempre fantasiava, mas raramente puxava alguma conversa. Ao olhar as fotos, seu pau endureceu na hora. Com o membro latejando suas fantasias com aquela mulher voltaram a figurar em seus pensamentos. Não demorou a mandar uma mensagem, enquanto segurava o pau.
Naquela noite César deixou uma mensagem e foi dormir frustrado, sem resposta. Imaginava que ela não daria assunto para alguém que chama para uma conversa, mas nunca marcou nenhum programa e chegou ao ponto de sentir vergonha de si mesmo Apesar disso, no dia seguinte viu uma mensagem recebida pela madrugada. Respondeu, e ao longo do dia desenvolveu uma conversa com longos intervalos, já que Clara sempre tinha pedidos inesperados fazendo o rapaz muitas vezes se deslocar pelo Bairro Velho resolvendo diversos problemas. Mesmo assim, estava tão feliz pela receptividade dela que aproveitava os poucos minutos de folga para falar sobre como sua vida mudou nos últimos meses. Pela primeira vez, não havia elogios às fotos ou comentários sobre a beleza daquela mulher. Ele apenas falava entusiasmado e quando mais receptiva era aquela mulher, mas ele se abria. No fim do dia, liberado cedo por Clara, César voltou para casa. Chegou em seu prédio e cruzou a portaria com a cabeça baixa enquanto lia no celular que sua amiga iria estudar e só continuaria a conversar em outro dia. Com o som da porta do elevador se abrindo se dirigiu a ele sem olhar o caminho e perceber quem estava na sua frente. O choque inesperado o deixou desnorteado enquanto seu celular caía no chão, junto aos livros de quem esbarrou com ele.
César, de volta à realidade, pegou todos os objetos caídos enquanto pedia desculpas repetidas vezes e só no momento de devolver todos aqueles objetos que viu quem era. Não a conhecia, assim como não conhecia nenhum dos vizinhos, mas se impressionou com aqueles olhos verdes. Os cabelos ruivos emolduravam o seu belo rosto, enquanto ela se esforçava para parecer tranquila após ter todas as suas coisas derrubadas. Enquanto pegava seus livros ela lhe devolveu o seu telefone saindo correndo em seguida. Aquele rosto ficou em sua cabeça o resto da noite.
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Contos do bairro Velho 04
ContoPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Nestas nove histórias, Clara e Vera estão para inaugurar um Spa e as mulheres mais poderosas do Bairro Velho aproveitarão este novo espaço para relaxar de forma bem prazerosa. Seus funcionários de confiança terão de...