Capítulo 8

352 38 7
                                    

A DESCOBERTA


Eu estava andando pelo castelo procurando pelo meu novo amigo, Duque, já que ele disse na nossa última conversa que estaria em algum lugar no castelo caso eu quisesse conversar, então fui procurá-lo. Até que o encontrei em uma sala cheia de quadros e algumas velas, me aproximo dele e ganho um sorriso como cumprimento.

— É bom revê-la novamente, Lilith.

Eu amo o jeito carinhoso que ele diz o meu nome e de como ele é super simpático comigo quando o encontro para conversar.

— Oi! Duque, o que há de novo?

— Hum, nenhuma novidade. E você? — ele pegou um copo e me alcançou. — Aceita um pouco de água?

Peguei o copo da sua mão e me acomodei ao seu lado.

— Obrigada. — bebi um gole. — Bem, meu relacionamento com a Bela está indo bem até agora, nós contamos para Dani e a Cassandra e elas levaram bem até nos parabenizaram por isso.

— Fico muito feliz em saber que tudo ocorreu muito bem. — riu. — Notei que na nossa última conversa você estava um pouco inquieta, posso saber o que houve?

Suspirei.

— Você sabe a Beneviento? — ele concorda com a cabeça. — Ela está me assustando e, ao mesmo tempo me irritando.

— Hum, devo alertá-la que você não pode subestimar a senhora Beneviento.

Olhei para ele confusa.

— E, porque não?

— Donna Beneviento é uma mulher poderosa, não como seus outros irmãos, mas ela possui o dom que permite secretar um feromônio que controla as plantas infectadas pelo mofo. — explica. — Podendo causar alucinações em quem inalar o pólen dessas plantas.

— Mas eu nunca fui até a casa dela.

— Você nunca esteve lá e isso é verdade, mas já esteve perto do vale da sua residência.

— O quê? Eu nunca...

Duque me interrompe.

— Sabe esse corte que você tem na sua perna? Do dia do acidente em que você deixada para trás pelo seu melhor amigo?

O corte. Eu tinha me esquecido da cicatriz assim como tinha me esquecido do dia em que Brandon fugiu da vila e não me ajudou com a armadilha. Nossa, já fazia muito tempo que eu não pensava mais naquele dia.

Olhei para a perna que eu machuquei e passei os dedos em cima da cicatriz.

— Eu não me lembrava desse dia... Mas o que isso tem a ver com a Beneviento?

— Quando você caiu naquela armadilha, pode não ter notado, mas você estava no vale dos Beneviento. — disse. — Você não se lembra?

— Eu só lembro de gritar por ajuda e depois desmaiar e acordar aqui no castelo. — relembrei o pequeno flashback que ainda permanecia na minha mente.

— Você não se lembra de mais nada antes de ser trazida para o castelo?

— Não.

Eu realmente não lembrava do que aconteceu depois que desmaiei. Não lembro se foi o frio ou a grande perda de sangue que me fizeram desmaiar e acordar alguns dias depois aqui no castelo. Mas uma coisa que eu não estava conseguindo entender era o motivo do Duque ter comentado sobre isso e sobre a Beneviento, eu não saberia dizer em qual parte da vila eu estava porque não conhecia nada então eu não sei dizer bem se o motivo daquela mulher pegar tanto no meu pé era por causa desse dia ou se ela realmente tinha algum problema comigo.

DIMITRESCU FAMILY Onde histórias criam vida. Descubra agora