Capítulo 2: ACHO QUE NOS APAIXONAMOS. E AGORA?

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Qual era a confusão dos tempos? Brincar de esconde-esconde ou fugir de um monstro demoníaco? A resposta perfeita era: fugir de um monstro demoníaco. Lady Dimitrescu estava muito estressada nos últimos dias, eu tentava ser a mais útil possível, mas isso não era fácil ao ter Daniela e Cassandra como irmãs; Bela e eu ficamos bem próximas depois daquela noite no meu quarto e admito que isso me deixou bem melhor! A companhia dela todas as noites tornou-se rotina. Lady Dimitrescu se desculpou por todas as vezes que ela me acusou sem provas, as irmãs de Bela também pararam de pegar no meu pé depois da famosa conversa com Bela, então nossa relação estava ótima.

Hoje Lady teria uma reunião importante com a Mãe Miranda e levaria Dani e Cassie com ela, o que significa que eu e a Bela teremos a casa toda para nós duas, com exceção das empregadas.

Sentada na mesa, Bela bebia vinho misturado com sangue enquanto eu a olhava. As empregadas iam e viam trazendo o que pedíamos e em alguns momentos Bela as deixava participar das nossas conversas e algumas brincadeiras. Como essa que estávamos fazendo agora.

Desafio: Escolha  e beija.

No jogo, a pessoa escolhe outra pessoa e você tem que ir e beijá-la por 10 minutos e meio, é quase uma verdade ou desafio, contudo sem a parte da verdade. Era muito divertido e como nós estávamos bebendo, era ainda mais divertido.

— Muito bem, Mona. — Bela disse. — Eu quero que você... beije ela e dê uma mordida no pescoço. — desafiou apontando para mim.

— Sra. Bela, eu não sei se é uma boa ideia. — a empregada disse.

Eu ri animada.

— Tudo bem Mona, eu não me importo. — desci da mesa e chamei ela com dedo indicador. — Vem cá.

Mona veio até mim, percebi que ela estava hesitante em me beijar, mas como foi a ordem de Bela, ela o fez. Durante o nosso beijo, Mona colocou sua mão direita na minha cintura e se inclinou para frente me fazendo inclinar minhas costas para trás e ela aprofundou mais o beijo. Bela contava no relógio o tempo e quando deu os dez minutos e meio. Mona desceu os beijos até o meu pescoço e me mordeu fortemente, a sensação dessa dor me fez morder o lábio inferior para conter o gemido que quase saiu da minha boca.

— Isso que foi beijo hein, teve até pegada. — Bela vibrou. — Isso daria um belo ‘show’ na cama.

— Fica quieta. — ordenei brincando.

— Eu não queria causar problemas. — a empregada disse para mim.

— Não tem problema, meu bem. — respondi à Mona tocando em seu cabelo. — Pode voltar para o que estava fazendo.

— Com licença. — disse e saiu do aposento.

Eu me distraí olhando para o chão me esquecendo totalmente que Bela estava ao meu lado. Sem perceber, eu estava mordendo o lábio e lembrando-me do ocorrido segundos atrás e só saí do transe quando a vampira me chamou.

— Pelo jeito o beijo foi bem quente para você ficar assim. — brincou.

— E você sabe o que é "beijo quente", Bela?

— Não.

— Então.

Afasto-me da mesa indo em direção à porta que vai para o corredor, porém, Bela me seguiu até o único corredor que não havia nenhuma iluminação se quer.

— Por que você está me seguindo? — pergunto confusa.

— Eu queria saber como é isso.

— Isso o quê? — ri.

— O... O beijo. — ela respondeu nervosa e colocou a mão no braço esquerdo.

— É como... — pensei um pouco. — É como um calor surreal dentro de você. A pessoa pode se sentir de várias maneiras, desde excitação ao famoso frio na barriga e... ah, eu sei lá Bela, nunca senti isso com alguém. — falei e voltei a andar até o meu quarto. Quando fui abrir a maçaneta, Bela pegou a minha mão. — Que foi agora?

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