Capítulo 14

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CONFUSÃO EM DOBRO (PARTE 1)

— Não gosto quando o castelo fica silencioso dessa maneira, é legal, mas ao mesmo tempo, é assustador. — comentei com V enquanto andávamos pelo corredor.

— Pensei que você não tinha medo dessas coisas, Lilith. — ele disse.

Eu suspirei e parei de andar e olhei para ele.

— E não tenho, mas difere agora. Antes eu podia andar por aqui sem medo e agora eu sou como uma forasteira na casa que um dia foi minha.

— A casa ainda é sua. Vamos dar um jeito nisso, ok? — ele toca no meu ombro e sorri para mim.

— Ok.

Seguimos pelo corredor silenciosamente até que ouvimos passos vindo do salão de festas. Olhei para o garoto e o puxei comigo para nos esconder. Pela voz e pela forma que andava eu já sabia quem era, dei uma olhada no andar de baixo e senti meu coração pular no peito, apavorado.

Alcina Dimitrescu. — sussurro.

A mulher parou no meio do salão e olhou em volta, eu voltei a me esconder e tento controlar o meu desespero e minha respiração.

— Eu soube que você estava pelo castelo, Lilith, sei o motivo de ter vindo para cá. — sua voz era suave, mas havia um pouco de raiva. — Você veio para ver a sua namorada. Bem, eu soube que você tem um amigo humano. Agora, você deve estar se perguntando como que eu soube disso... — eu conseguia ouvir seus passos pela escada.

Olhei para V assustada.

Como ela sabe que eu estou com você?

— Donna veio até mim e me disse o que você pretendia fazer e me disse que esse seu amigo está te ajudando a salvar Bela. — ela riu. — Pois fique sabendo, querida, que isso não irá acontecer porque vou esquartejar vocês dois com as minhas garras!

Eu comecei a respirar rapidamente, eu conseguia ver a sua sombra enquanto ela subia as escadas até o segundo andar, quase perto de onde nós estávamos. Comecei a me afastar para sair dali, mas V não estava me seguindo, me virei para ele.

Vem logo, se ela nos ver aqui vai nos matar. — sussurro para ele.

— Você tem que parar de ser medrosa. Você não é mais humana. — ele caminha em direção a escada.

V volta aqui! — tentei puxá-lo, mas ele conseguiu se esquivar de mim.

Eu permaneci escondida enquanto ele andava até a escada. Olhei para o andar de baixo vendo Alcina subir os primeiros lances de escada e depois vi o garoto parado no topo do terceiro lance de escada.

— Merda. — olhei em volta para ver se achava o Griffon, mas o pássaro não estava em nenhum lugar.

— Quem é que a vossa majestade vai esquartejar?

Alcina olhou para o garoto com um sorriso no rosto e logo ouvi o som das suas garras saírem dos seus dedos. Merda, ela ia matar o garoto e eu seria a culpada disso.

— Hum, um humano em minhas terras. Você será uma ótima refeição para mim, você e a sua amiga vagabunda.

— Eu sou meio humano. — corrigiu. — E perdão ‘milady’, mas eu suponho que o seu plano não será possível.

De repente, V estrala os dedos mudando completamente a cor do seu cabelo de azul-escuro para um branco platinado.

— Porra do caralho! — admiro a sua mudança radical.

De repente, um portal da escuridão se abre do outro lado da parede e de lá de dentro pula um monstro gigante em direção a Alcina. Seu nome? Pesadelo. Eu olhei na direção daquela criatura assustadora e depois foquei minha atenção na mulher nas escadas. Alcina estava olhando para o monstro completamente surpresa e quando ela pensou em atacá-lo, o monstro foi o primeiro a atacá-la. A luta entre eles não durou mais do que dez segundos, pois nas tentativas falhas de se defender e contra-atacar, o Pesadelo jogou a mulher contra a parede e depois ele próprio se jogou em sua direção se chocando contra ela e quebrando a parede e os dois caem para fora do castelo.

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