CONFUSÃO EM DOBRO (PARTE 1)
— Não gosto quando o castelo fica silencioso dessa maneira, é legal, mas ao mesmo tempo, é assustador. — comentei com V enquanto andávamos pelo corredor.
— Pensei que você não tinha medo dessas coisas, Lilith. — ele disse.
Eu suspirei e parei de andar e olhei para ele.
— E não tenho, mas difere agora. Antes eu podia andar por aqui sem medo e agora eu sou como uma forasteira na casa que um dia foi minha.
— A casa ainda é sua. Vamos dar um jeito nisso, ok? — ele toca no meu ombro e sorri para mim.
— Ok.
Seguimos pelo corredor silenciosamente até que ouvimos passos vindo do salão de festas. Olhei para o garoto e o puxei comigo para nos esconder. Pela voz e pela forma que andava eu já sabia quem era, dei uma olhada no andar de baixo e senti meu coração pular no peito, apavorado.
— Alcina Dimitrescu. — sussurro.
A mulher parou no meio do salão e olhou em volta, eu voltei a me esconder e tento controlar o meu desespero e minha respiração.
— Eu soube que você estava pelo castelo, Lilith, sei o motivo de ter vindo para cá. — sua voz era suave, mas havia um pouco de raiva. — Você veio para ver a sua namorada. Bem, eu soube que você tem um amigo humano. Agora, você deve estar se perguntando como que eu soube disso... — eu conseguia ouvir seus passos pela escada.
Olhei para V assustada.
— Como ela sabe que eu estou com você?
— Donna veio até mim e me disse o que você pretendia fazer e me disse que esse seu amigo está te ajudando a salvar Bela. — ela riu. — Pois fique sabendo, querida, que isso não irá acontecer porque vou esquartejar vocês dois com as minhas garras!
Eu comecei a respirar rapidamente, eu conseguia ver a sua sombra enquanto ela subia as escadas até o segundo andar, quase perto de onde nós estávamos. Comecei a me afastar para sair dali, mas V não estava me seguindo, me virei para ele.
— Vem logo, se ela nos ver aqui vai nos matar. — sussurro para ele.
— Você tem que parar de ser medrosa. Você não é mais humana. — ele caminha em direção a escada.
— V volta aqui! — tentei puxá-lo, mas ele conseguiu se esquivar de mim.
Eu permaneci escondida enquanto ele andava até a escada. Olhei para o andar de baixo vendo Alcina subir os primeiros lances de escada e depois vi o garoto parado no topo do terceiro lance de escada.
— Merda. — olhei em volta para ver se achava o Griffon, mas o pássaro não estava em nenhum lugar.
— Quem é que a vossa majestade vai esquartejar?
Alcina olhou para o garoto com um sorriso no rosto e logo ouvi o som das suas garras saírem dos seus dedos. Merda, ela ia matar o garoto e eu seria a culpada disso.
— Hum, um humano em minhas terras. Você será uma ótima refeição para mim, você e a sua amiga vagabunda.
— Eu sou meio humano. — corrigiu. — E perdão ‘milady’, mas eu suponho que o seu plano não será possível.
De repente, V estrala os dedos mudando completamente a cor do seu cabelo de azul-escuro para um branco platinado.
— Porra do caralho! — admiro a sua mudança radical.
De repente, um portal da escuridão se abre do outro lado da parede e de lá de dentro pula um monstro gigante em direção a Alcina. Seu nome? Pesadelo. Eu olhei na direção daquela criatura assustadora e depois foquei minha atenção na mulher nas escadas. Alcina estava olhando para o monstro completamente surpresa e quando ela pensou em atacá-lo, o monstro foi o primeiro a atacá-la. A luta entre eles não durou mais do que dez segundos, pois nas tentativas falhas de se defender e contra-atacar, o Pesadelo jogou a mulher contra a parede e depois ele próprio se jogou em sua direção se chocando contra ela e quebrando a parede e os dois caem para fora do castelo.
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DIMITRESCU FAMILY
TerrorNão sei se o que faço é certo, mas você não precisa ser uma especialista em amor para saber se aquele garoto ou aquela garota está afim de você, basta só observar como essa pessoa reage quando você está por perto. Ótimo conselho né? Eu não preciso d...