só me promete por favor

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       No dia seguinte
     Ruggero chegou a escola um pouco mais cedo que o de costume, não havia dormido direito,estava ansioso para saber qual havia sido a decisão dos pais de Carolina,por uns minutos ele ficou em frente ao portão mas como Carolina estava demorando, então descidiu entrar,ele virou-se e assim que passou pelo portão ouviu alguém o chamar.

—Rugge — ele olhou para traz e viu quem o chamava,era Carolina,ele foi até ela e a abraçou.

— achei que não viria — ele disse arrumando uma mecha do cabelo dela.

—eu me atrasei um pouco — ela havia se atrasado pois estava se arrumando um pouco mais que o de costume,ela estava empolgada com a ideia de ter um namorado.

—então, seus pais já decidiram se vão deixar a gente namorar? —ele questionou.

—sim,eles deixaram — Carolina disse empolgada e Ruggero para comemorar a beijou.

—ei, aqui não é lugar pra ficar de namorico — disse um professor que parecia meio irritado com a atitude deles.

—desculpe,não vai se repetir—Ruggero disse e logo eles saíram de mãos dadas em direção a sala de aula.

     Ao fim das aulas eles saíram da escola, Ruggero quis acompanhá-la até sua casa,tão jovem e já era um verdadeiro cavalheiro.

—obrigada por me acompanhar.

—não precisa agradecer,foi ótimo,assim pude ficar mais tempo com você —eles se despediram com um beijo e um abraço apertado,Carolina entrou em casa, Ruggero pegou sua bicicleta e foi embora.

              As vezes a verdade pode machucar muito,e por isso em certas ocasiões decidimos oculta-la,não que seja o certo,mas por que no momento parece ser o mais plausível,e foi exatamente isso que Carolina fez,ela tinha medo de contar a Ruggero sobre sua doença e ele ficar triste ou até mesmo se afastar dela,mas ela sabia que uma hora ou outra teria que contar.

— vim te ver,sua mãe me disse que estava aqui,está tudo bem? —perguntou Ruggero.

—sim, só estou com um pouco de dor de cabeça, deve ser um resfriado —Carolina respondeu.

—com certeza não vai ser nada demais,te trouxe uma coisa .

— o que? — ela perguntou sentando na cama e Ruggero sentou-se a seu lado.

— é um presente — ele entregou uma caixinha a ela que logo a abriu vendo um colar com pingente de estrela

— é lindo Rugge,me ajuda a colocar —ela pediu e logo virou-se para que ele colocasse.

— quero que use sempre,pois esse colar é símbolo da nossa amizade...e do nosso amor — ele disse segurando a mão dela.

—prometo que nunca vou tirar,no te voy a fallar — ela disse e o abraçou.

           Os dias estavam passando e para Carolina parecia cada vez mais difícil contar a Ruggero, mesmo depois de tanto ter pensando ela não havia encontrado as palavras certas.ela chegou da escola entrou em casa e jogou-se na cama apertando contra seu peito o pingente do colar.

—o que faço? — ela questionou a si mesma,mas não obteve uma resposta,então depois de derramar algumas lágrimas ela acabou dormindo.quando ela acordou já era quase noite,ela levantou da cama olhou pela janela e sentiu um mal estar,sua cabeça doía e se sentia enjoada,ela caminhou de volta a cama e sentou-se,por sorte logo sua mãe apareceu no quarto.

—mãe minha cabeça está doendo muito — ela disse levantando o rosto para olhar para sua mãe.

— a meu Deus querida, seu nariz está sangrando, eu vou chamar seu pai—elena saiu do quarto quase correndo e foi até a sala onde Roberto estava, ela contou o ocorrido e os dois julgaram melhor a levar para o hospital.

       
        No dia seguinte Carolina não foi para a aula,Ruggero deu falta dela,mas pensou que apenas ela havia perdido o horário de ir a escola,coisas que acontecem,ele assistiu as aulas um tanto triste,já havia se acostumado em estar sempre com ela,estava com saudade.ao fim das aulas ele foi até a casa de Carolina,mas não tinha ninguém em casa,ele até perguntou a um vizinho se sabia onde estavam,mas ele disse que não sabia,então ele voltou pra casa,a noite ele ligou por várias vezes pra Carolina mas não foi atendido,ele estava começando a ficar preocupado,ela nunca havia sumido por tanto tempo assim.

         No outro dia Ruggero a esperou no portão da escola mas ela não apareceu então ele entrou e foi para a sala,a aula já havia começado quando ela chegou e perguntou ao professor se poderia entrar,ela como sempre foi uma ótima aluna o professor deixou sem reclamações,ela passou por Ruggero com quem costumava sempre sentar e foi para o fundo da sala,sentou-se sozinha em uma mesa e abriu o livro de matemática,matéria a qual sempre teve um pouco de dificuldade.

         A melhor opção é enfrentar os problemas,a mais fácil é ignorá-los.
Durante o recreio Ruggero tentou se aproximar de Carolina,perguntar o que estava acontecendo,mas ela estava fugindo.

—Carolina,o que está acontecendo?por que está me ignorando? —Ruggero perguntou.

—não estou te ignorando.

—está sim,eu fiz algo que te chateou?se foi isso,desculpa—ele disse.

—não é isso.

—então o que é?ele questionou.

—acho melhor a gente terminar—ela disse e logo em seguida respirou fundo pra conter as lágrimas.

—mas por que? a gente se ama,sei que somos jovens,mas eu tenho certeza que te quero em minha vida pra sempre — ele disse segurando a mão dela.

—não dá Rugge — ela disse se deixando tomar pelas lágrimas.

—está acontecendo algo, você não é assim minha estrelinha — ele disse enxugando uma lágrima que rolava por seu rosto.

— vai ser melhor  me afastar de você.

—melhor como?nos dois vamos sofrer com isso — ele disse quase chorando também.

—você não entende...

—então me ajuda a entender, me conta o que está acontecendo—ele pediu e ela assentiu.

O sinal tocou mas eles não fora para a sala de aula,eles caminharam até a parte de trás da escola onde havia um banco e lá se sentaram, tinham muito o que conversar.

—me conta — ele pediu.

— estou doente.

—então foi por isso que não veio para a aula ontem,o que você tem? — ele questionou.

—câncer,tenho um tumor no cérebro, já faz mais de um ano que venho lutando contra essa maldita doença, eu tentei te contar antes mas não consegui — ela disse chorando e ele o abraçou para consolá-la.

—vai ficar tudo bem, eu estou do seu lado.

—eu não sei se vai.

—vai sim,a medicina evoluiu muito.

—é bem mais complicado do que imagina,eu estou fazendo o tratamento para o tumor regredir até um ponto onde seja possível operar,mas com a operação tem uma grandes chances de que eu fique em estado vegetativo ou de que eu morra.

—nada disso vai acontecer,você é forte e vai ficar bem,eu vou estar do seu lado,me promete que vai estar sempre comigo — ele pediu chorando.

—eu não sei se posso.

—pode,só me promete,por favor,nos vamos viver nosso felizes para sempre,assim como nos livros que você gosta de ler — ele disse a abraçando cada vez mais forte, ela respirou fundo segurou o rosto dele entre as mãos e disse...

—no te voy a fallar.

Espero que gostem meus amores,amo vocês,beijinhos na testa 😘 💋

no te voy a fallarOnde histórias criam vida. Descubra agora