no te voy a fallar

acidente

        Tinha se passado dois meses desde que ele a pediu em namoro, para Karol e Ruggero estava cada vez mais difícil esconder a relação, mas estavam fazendo o possível e estava funcionando, ninguém havia percebido ainda. eles chegaram no apartamento depois de mais um dia de aulas, Ruggero abriu a porta e  Karol entrou, logo ele a fechou e a prendeu contra a mesma.

— saudade de te beijar — ele disse.

— mas ontem a noite mal dormimos —ela disse enquanto ele acariciava sua cintura.

— e já estou louco para te ter em meus braços de novo — ele disse e a beijou — que tal um banho quente juntinhos?

—perfeito

        No dia seguinte eles foram como o de costume para escola,cada um cumpriu com suas rotinas,Karol por sua vez não tinha conseguido se concentrar em nada, estava sentindo um aperto no peito, com a sensação de algo iria acontecer, ao fim das aulas Karol saiu da sala e caminhou em direção ao corredor que ficava os banheiro, mas no caminho ela viu algo que lhe chamou atenção, Ana e Ruggero conversam no corredor, ela não conseguiu entender do que se tratava, não dava pra escutar, mas o que ela viu em seguida fez seu coração se partir em mil pedaços, eles se beijaram, Karol assim que viu aquela cena saiu correndo.

— está louca Ana, por que fez isso?—ele disse depois de empurra-la.

— eu sei que você gostou.

— quantas vezes mais vou ter que te dizer que não te quero, eu tenho namorada e a amo mais que tudo, chega, pra mim já deu, eu vou falar com o diretor e relatar tudo que vem acontecendo.

— não...por favor, se fizer isso eu posso perder meu emprego.

— ok, mas acho bom me deixar em paz, melhor, quando me ver me ignore pois é isso que vou fazer quando te ver — Ruggero disse e saiu irritado — Ele caminhou em passos lentos até o estacionamento pensando em uma forma de contar o que havia acontecido a Karol, ele poderia muito bem esconder, mas ele era muito sincero com ela, não conseguiria esconder nada dela, ele entrou no carro e dirigiu até o lugar onde sempre pegava Karol,não era longe da escola, ficava apenas a algumas quadras, ele parou mas não a viu então estacionou o carro.

— acho que ela se atrasou um pouco— ele disse a si mesmo.

       Ela caminhou sem rumo por longos minutos até que viu uma casa que lhe parecia familiar, ela permaneceu parada olhando a fachada da casa mas logo se sentou na calçada, ela encostou o rosto nos joelhos e se permitiu desmontar em meio as lágrimas, o destino havia a levado até a casa onde Carolina morava e seu país ainda moravam ali.

      Helena saiu de sua casa e ao passar pelo portão viu Karol sentada na calçada, ela pensou em passar, mas seu coração disse que ela precisava falar com ela.

— moça, está tudo bem?— helena questionou se aproximando.

Karol ao ouvir aquela voz a olhou e quando viu aquela mulher bem a seu lado ela sentiu uma grande necessidade de abraça-la e foi isso que Karol fez, helena por sua vez não recusou o abraço, ao contrário ela a confortou da mesma forma que confortava Carolina.

— está tudo bem querida —Helena disse, mas Karol balançou a cabeça em negação, como estaria tudo bem?ela estava sentindo o mundo desabar em sua cabeça — o que houve? alguém tentou lhe machucar?—Helena questionou.

— não é nada, é...eu tive um problema com meu namorado, desculpa ter lhe incomodado, eu preciso ir—karol disse e saiu.

—ei, espere...— Helena disse mas Karol seguiu com seu caminho sem rumo.

    Um pouco mais adiante seu celular começou a tocar ela o pegou e viu que era Ruggero, ela esperou a ligação cair e lhe mandou uma mensagem dizendo que não queria mais saber dele e que ele ficasse com Ana,em seguida ela ligou para Valentina perguntado se poderia ficar em sua casa e Valentina concordou.