Capítulo 8

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THONY

Saí furioso da casa da Natália. Não devia estar, afinal foi apenas sexo, tento me convencer disso mas eu sei que com ela é diferente não sei explicar, estar dentro dela me fez esquecer dos problemas, aquele ar de inocente que ela tem me encanta mas, no fundo a última coisa que ela é, é inocente.

Ver aquele pequeno papel com os desejos dela (apenas 1 específico) me deixou furioso por ter sido usado, quem ela pensa que é para me usar? Eu uso as mulheres não o contrario.
Alguns desejos são estúpidos confesso, como roubar. E se ela for pega ? Vai ser presa e não vai ter valido a pena. Acampar na floresta? Cada uma... Encontrar a felicidade?
Isso é impossível, porque quando você pensa que encontrou a felicidade acontece algo e acaba com tudo.

Passei o fim de semana inteiro com meus filhos . No domingo fomos ao parque, queria saber como a babá se vira com eles em público. Uma hora depois estava como louco procurando meus filhos que sumiram de vista. Bastou apenas 1 minuto de distração com a babá e eles somem.

Não demora muito e de longe vejo eles conversando com uma mulher loira e um cachorro junto com a babá. Esse cachorro parece um que eu vi na casa da Nath quando eu estava indo embora. Porra, já estou pensando nela novamente. A moça vai embora antes que eu veja o rosto dela mas eu vejo a bunda e não é pequena pelo contrário, é uma delícia!

-Onde estavam? Por que saíram de perto de mim? - Digo em tom desaprovador. Eles se encolhem

-Desculpa papai, nos distraímos com os pombinhos.- Fala Noah apontando os passaros em tom de arrependimento.

-Não vamos fazer mais papai, pometo!- Diz Sophia.

-É prometo filha. Tudo bem. Que seja a última vez, vamos embora.

O resto do dia eu passo no escritório trabalhando. Vou dormir tarde, por mim eu continuaria com a cara nos papéis durante a madrugada mas eu preciso conversar com a professora dos meus filhos. Por causa daquela história de presente de dia das mães. Isso meio que despertou neles a saudade da mãe e os pesadelos voltaram. Fora as perguntas e especulações sobre eu namorar a professora e assim ela se tornar mesmo a mãe deles. Que eu me lembre a professora deles está grávida, será que é os hormônios dela que a levou a fazer isso? Não entendo nada disso.

Acordo cedo mas preciso resolver um problema então deixo para ir a escola no fim da aula.
Quando chego ja vejo eles indo embora com a babá vou direto pra sala deles com medo da professora não estar e eu dar viagem perdida. No corredor eu reconheço a música na hora.

"Olha aí, o mundo girando

E a gente se esbarrando outra vez"

Faço um esforço para lembrar o artista e não consigo, mas já ouvi muito essa música nessa ultima viagem ao Brasil. Saio de meus pensamentos e chego a porta que está aberta, quando vejo uma mulher loira com um corpo maravilhoso e uma voz linda cantando enquanto arruma a sala, de repente ela pega a vassoura e começa a dançar com ela e cantar em voz alta. Quando ela se vira eu não acredito no que vejo, o sorriso debochado que eu tinha se desfez na mesma hora.

-Você?? - Digo incrédulo.

-O que faz aqui? Se arrependeu de sair da minha casa daquele jeito e me deixar com cara de palhaça? -Diz com ironia. Mas quando se dá conta do que falou ela cora.

-Na verdade não. - Ela me olha surpresa.

-Então o que quer comigo?

-Com você nada.- (Por que eu tenho a sensação de que isso é mentira?)- Na verdade vim conversar com a professora dos meus filhos. -Ela fica ainda mais vermelha

-Certo, quem são seus filhos?- pergunta se recompondo

-Noah e Sophia.

A boca dela se abre em um O. Ela parece muito surpresa.

-Hum.. Então. Pode falar.

-Como assim? Você é a professora deles?- exclamo incrédulo -O que houve com a grávida?

-O que acontece com todas as grávidas ora. Ela deu a luz.!- Diz sarcasticamente. -Por favor sente-se- Ela indica uma cardeira infantil pra eu me sentar, enquando ela se apoia em sua mesa a minha frente. Nunca eu vou caber nesse troço de criança.

-Estou bem em pé. Bom o que quero falar é simples. Meus filhos sofreram muito com a perda da mãe, gostaria que não desse esperança a eles de ter outra, pois foi o que aconteceu. Eles estavam bem mas depois do que disse, eles comecaram a fantasiar uma vida com você sendo mãe deles e sei que apesar de eu fazer tudo o que eles querem eu não vou me casar com você só para eles terem alguém para chamar de mamãe. Apesar de que casamento não seria má idéia, mas convenhamos que nenhum de nós quer isso.- digo arqueando uma sobrancelha.
Ela me analisa por um instante e resolve falar.

-Realmente prefiro morrer a me casar com você. - Ai essa doeu -Porém está certo, peço desculpas por ter sido inconveniente, não foi minha intenção causar tanto transtorno, mas devo admitir que ao ver todos os alunos se empenhando em fazer algo e eles não me cortou o coração.

-Não precisa ter pena dos meus filhos. -Digo entredentes. Uma coisa que eu não aceito é que tenham pena de mim ou dos meus filhos.

-Não é pena!

-Ah nao? Tem certeza?

-Tenho ! Não é pena, Muito pelo contrário eu realmente gosto dos seus filhos. Eles são muito especiais não senti pena, mas algo dentro de mim me fez ter a necessidade de não deixa-los triste. Sou assim com toda criança. Não sabe da minha vida, nem minha história com crianças então não questione meus sentimentos.

-Sei mais do que você imagina Nath.- digo olhando profundamente nos olhos dela.

-Ah sabe?- Diz com ironia.

-Sei, você não lembra de mim né? - Não sei se é a melhor hora pra contar mas continuo.

-Claro que lembro. O cara que me deu a melhor foda da minha vida e depois fez birra e foi embora porque não gostou de saber que foi usado para realizar um desejo meu.! Como esquecer! -Diz.

-Melhor foda da sua vida? Nossa. Bom saber.- ela arregala os olhos e cora violentamente. -Mas não foi isso que eu quis dizer. Bom, sei que você veio do Brasil, sei disso porque eu te encontrei desacordada na floresta 4 meses atrás- A cor some de seu roso - quem sabe o que poderia ter acontecido caso eu não tivesse lá, então acho que me deve um agradecimento por ter salvo sua vida.

Ela me olha assustada, lagrimas descem de seus olhos e de repente os olhos dela vão perdendo o foco e ela cai, devido a proximidade eu consegui segurá-la. Porra ela desmaiou. Oh merda não era isso que eu planejei. Tento acordar ela mas é em vão então pego ela nos braços. Uma senhora, deve ser da limpeza me olha curiosa.

-Ela desmaiou pegue a bolsa dela e me siga por favor RÁPIDO! - ela se espanta mas obedece. Corro para o carro e deito ela no banco do passageiro. Como ela é linda. Mas que droga estou pensando? pego a bolsa, deixo a senhora lá, entro no carro e saio em direção ao hospital.

AMO ESTRELINHAS ME PRESENTEIEM COM ELAS ♡♡♡

Transformados Pela DorOnde histórias criam vida. Descubra agora