𝙎𝙄𝙇𝙑𝘼, 𝙋𝘼𝙍𝙏 𝟲

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  Imagine escrito por:

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Dias se passaram desde que S/N levou os especialistas para a floresta em busca do queimado que infectou Saul. Ela pensou em ficar com ele enquanto desdobrava as tropas, mas vê-lo piorar a cada minuto que se transformava em uma hora tinha sido muito difícil para ela.

Sentir-se impotente não estava aliviando a turbulência interna, muito menos quando toda vez que ela ouvia de volta de Alfea era para avisá-los que o diretor Silva mal estava pendurado.

“Você deveria voltar”, Noura cutuca o ombro de S/N para trazê-la de volta à realidade. "Vamos continuar até", Noura pausa, percebendo as implicações de suas palavras e a forma como os olhos de S/N se fecharam a fez se sentir pior por lembrá-la do que parece ser inevitável.

“Ele não vai se tornar uma dessas coisas”, S/N fala com os dentes cerrados, recusando-se a aceitar a possibilidade. Ela precisa de tempo, mais tempo do que qualquer um pode dar a ela. Ela precisa de tempo para poder perdoar Saul, para que ela possa amá-lo sem a morte iminente pairando sobre suas cabeças como uma nuvem negra. 

“Faremos tudo o que pudermos para garantir que isso não aconteça. Você matou sete dessas coisas”, suspira Noura, “Você fez sua parte e vamos continuar a busca.”

Engolindo em seco, S/N olha para o céu cinza com um suspiro pesado passando por seus lábios. Ela mal dormiu ou comeu desde que começou a caçar o queimado que infectou Saul. 

Cada um encontrado foi morto por sua espada e cada vez que ela pegava o telefone cheia de esperança de que Saul atendesse e informasse que está bem. 

Infelizmente, depois de algumas ligações, ele mal conseguiu atender o telefone. A última vez que ele respondeu, ele só tinha uma frase para ela:  “Volte”.  É como se ele estivesse pedindo para ela ficar ao seu lado e segurar sua mão enquanto ele morre. Saul desistiu, mas ela não estava pronta para isso. 

“Se eu sair agora e ele morrer, não tenho certeza se conseguiria viver com isso.” S/N admite. Seus olhos estão cheios de lágrimas teimosas demais para cair com uma platéia, mas ela está rachando nas costuras e seu coração mal está batendo com o peso que o pressiona. Ela ainda está respirando, mas não tem certeza de como.

“Se você não for até ele e ele morrer, você poderia viver com isso?”

S/N sabe, não importa o que ela escolha, ela está condenada de qualquer maneira. Ambos carregam seus "e se" e ela está sob pressão de um tipo diferente - o tipo em que todo o seu passado, presente e futuro estão por um fio. 

“Eu vou voltar”, S/N molha os lábios, “Eu volto de manhã.” S/N esclarece, apenas no caso. Ela tem muito a dizer a Saul e precisa vê-lo. Mesmo por uma noite. Amanhã, se ele estiver vivo, ela garantirá que o queimado seja encontrado. Ela vai salvá-lo porque se alguém tem um motivo para matar Saul, é ela.

Ela pegou o carro, dirigindo o mais rápido possível para chegar a Alfea antes do anoitecer. Uma vez no terreno, ela está correndo para a estufa com o coração na garganta. Suas pernas estão pesadas, cansadas do trabalho inquieto que ela está fazendo e seus olhos mal estão abertos, mas ela precisa vê-lo.

Irrompendo pela porta, sem fôlego e desgrenhada, S/N está chocada por não encontrar ninguém lá. “Não”, ela respira, lágrimas enchendo seus olhos. “NÃO”, ela cai de joelhos quando um grito estrangulado ecoa na estufa. Mãos na cabeça, puxando os cabelos presos em um rabo de cavalo, as lágrimas de S/N correm livremente por suas bochechas.

"S/N?" 

A voz instantaneamente faz seu coração parar, um soluço engasgado preso em sua garganta enquanto ela se vira. Seus olhos estão cheios de lágrimas frescas, seus lábios trêmulos.

"Você não está morto?" Ela diz baixinho, um pouco acima de um sussurro. Sua voz a trai assim como seu corpo. Se ela pudesse, ela correria para seus braços. Se ela pudesse, ela se envolveria em torno de Saul e nunca o soltaria, mas ela não consegue nem ficar de pé. Ela mal consegue respirar direito para permitir que seus pulmões se expandam. 

"Você pensou que eu estava morto?" Saul franze as sobrancelhas enquanto diminui a distância entre eles. Ajoelhando-se diante dela, ele segura seu rosto com tanta delicadeza que ela nem tinha certeza de que ele a tocou. 

Um sorriso manso se forma em seu rosto enquanto ela funga: "Você está bem?" Ela estende a mão, sua mão trêmula momentaneamente suspensa no ar, logo acima de seu peito em incerteza. Não é até que ele coloca a mão sobre a dela que ela a deixa cair em seu peito, sentindo seu coração bater.

“Você está realmente vivo.” Ela resmunga, olhando para suas mãos colocadas sobre o peito dele e suas pálpebras se agitam para manter novas lágrimas longe.

“Sky arrasou”, Saul a tranquiliza com um sorriso antes de levar a mão dela aos lábios, deixando um beijo carinhoso em sua palma.

Saul a observou com o sorriso mais suave que pôde reunir, notando como em cada linha de seu rosto havia emoção e estava lá para ele. Ela tinha perdido o olhar vazio e sem graça em seus olhos e ela não estava mais fria com ele. Ela era calorosa, muito carinhosa, muito próxima.

“Você não parece muito desapontado com meu atestado de saúde. Achei que você me quisesse morto”, provoca Saul. Rindo de tudo isso, ela empurrou seu ombro de brincadeira e se inclinou para ele com um arejado “Cala a boca”.

Dentro de momentos, S/N encontrou seus lábios moldados aos de Saul, roubando seu fôlego. Ele a puxou totalmente contra ele e em sua admiração, S/N abriu os lábios por instinto. Seus sentidos transbordaram com Saul – suas mãos, o toque de seus lábios, sua língua, seu perfume masculino.

Se separando em extrema necessidade de respirar, S/N sorri contra os lábios de Saul.

"Eu te amo", Saul sussurra, atordoando S/N em silêncio. Ela podia ouvir seu coração batendo rápido, dolorido para admitir seu maior segredo. Há muitas coisas que eles precisam falar, tantas coisas pelas quais ela ainda o odeia, mas ela sabe a verdade. 

"Eu também te amo."

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒕 𝑻𝒘𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora