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“Você realmente acha que o mundo vai explodir em cima de nós?” Você perguntou, colocando-se em uma posição sentada. Era uma tarde de terça-feira chata e sem graça, o céu já estava lilás e o sol estava prestes a desaparecer atrás das casas. Você e Rue estavam sentados em um telhado, seu telhado. Estava bem quente por causa do sol, e um pouco de ar fresco soprava em seus rostos. "Sim, talvez, eu não sei honestamente, as coisas estão muito loucas ultimamente" ela comentou dando uma longa tragada do baseado. Você acariciou sua bochecha sentindo os músculos e a pele dormente sob seus dedos. “Você me deixou tão ansioso, e se todos nós morrermos em um segundo, como se ninguém tivesse tempo de entender o que está acontecendo?” Rue franziu as sobrancelhas entregando-lhe o baseado. Ela estava realmente deslumbrante naquele momento. Você desejou que seus olhos pudessem fazer fotos. A luz batia nela como um daqueles filmes místicos, seus cachos escuros eram iluminados e sua pele brilhava exatamente como seus olhos vermelhos. Você notou que ela estava vestindo shorts por baixo de uma camisa grande demais, seus joelhos estavam machucados e seu velho converse preto estava arruinado em alguns pontos. Você a imaginou caindo de sua bicicleta, batendo contra algum arbusto ou garagem. Aconteceu perto da sua casa tantas vezes que você nem se lembra. Levar Rue para dentro de sua casa sem que seus pais percebam, limpar seu nariz sangrando e colocá-la debaixo de suas cobertas cor-de-rosa, abraçar seus lados magros e inclinar sua testa entre suas omoplatas apenas sentindo o cheiro dela. Você se sente na Terra a partir de seus pensamentos olhando para ela, sentindo sua cabeça extremamente leve depois de liberá-la de todos os pensamentos profundos. "Porra, você está bem?" Ela perguntou com uma voz rouca, acariciando seu joelho. "Mh?" Você realmente olhou para ela agora, respirando fundo pelas narinas. “Ah, sim, estou bem, estou muito chapado” você murmurou deitando no material duro do telhado. Rue riu levemente inclinando a cabeça em seu estômago. “Por que não voamos para longe e olhamos para esse mundo de merda do topo?” Ela perguntou colocando uma mão na testa. “Como pássaros?” Você perguntou acariciando seus cachos bagunçados e torcendo o nariz. "Sim como pássaros", ela murmurou com um tom distante. Você olhou para ela, colocando dois dedos em sua testa. "Eu gostaria de poder protegê-la para sempre desse mundo de merda" você disse sem esforço acariciando a ponte de seu nariz. “Você não pode, eu estou no meu próprio mundo de merda dentro de um mundo já de merda” ela disse com um tom sério acariciando seu pulso. Você riu acariciando sua bochecha. "Isso não faz sentido, e pare de dizer 'merda'!" Seus dedos começaram a acariciar seus lábios, seus olhos pintados com um tom sonhador. Você a estava observando de cima, apenas seguindo as linhas de seus lábios. Ela acariciou seu braço apenas começando a beijar seus dedos suavemente, você sentiu faíscas em seu estômago. Você se inclinou perto do rosto dela roçando seu nariz contra o dela. “Isso não é muito brega?” Ela sussurrou olhando para seus lábios. "Só se você pensa assim" você sussurrou de volta. Seus lábios se conectaram suavemente, em um abraço suave enquanto você mantinha uma mão em seus cabelos acariciando-os suavemente. Vocês dois continuaram se beijando por um tempo, apenas provando os lábios um do outro pela primeira vez, uma vez que você parou o beijo lentamente. “Acho que o mundo realmente vai explodir” você disse com uma falsa voz de pânico. Rue revirou os olhos empurrando você um pouco. “O mundo ou seu coração, Princesa?" Ela riu suavemente afastando alguns cabelos de seu rosto. Você chocou sua cabeça deitando e olhando para o céu escuro. "Rue?" Você procurou a mão dela sentindo seu peito incrivelmente leve. "Mh?" Ela cantarolou pegando sua mão suavemente, acariciando a palma e depois entrelaçando seus longos dedos com os seus. “Posso passar a noite na sua casa?” Você moveu sua visão em direção a ela esperando uma resposta positiva. "Sim claro"
Depois que vocês dois voltaram para casa (com uma viagem de 20 minutos na bicicleta dela cheia de medo porque andar de bicicleta e drogas não é a melhor opção) vocês jantaram com a mãe dela e a Gia, foi muito legal, eles foram atenciosos e educados. Depois disso você se deita na cama bagunçada de Rue sentindo-se incrivelmente sonolenta, suas pálpebras pesadas. "S/n, vamos para a cama" ela jogou para você um suéter roxo e alguns shorts pretos. Quando você começou a se despir dando as costas para Rue, você podia sentir os olhos dela queimando. Você mudou rapidamente sentindo o cheiro dela em todos os lugares, já começando a intoxicar com isso. Uma vez que vocês dois estavam na cama, ela estava abraçando seu torso e seu queixo estava em sua cabeça bagunçada. Você acariciou seus cachos enquanto sua respiração lenta e calma balançava você. "Você é meu tudo..." Ela murmurou contra seu peito. "Eu provavelmente estaria morto agora... eu mereço..." Suas pernas roçaram as suas, dando-lhe arrepios. "Ei, ei, não diga isso Rue Rue... ninguém merece viver assim, ok?" Ela se levantou olhando para você nos olhos, seus cachos estavam roçando sua bochecha pelo quão perto ela estava. "Apenas me escute..." Você suspirou. Rue piscou algumas vezes estudando sua maquiagem manchada de maçãs do rosto e olhos, o brilho estava dançando em sua pele como pequenas fadas. Ela apenas te beijou suavemente, acariciando seu pescoço e puxando-o para perto enquanto você respirava pelo nariz acariciando seu ombro. Vocês dois acabaram se deitando e se beijando para dormir e talvez, você acabou de encontrar aquele lugar seguro, ou talvez aquele calmo estava aceitando tudo que a vida estava lhe dando. Você adormeceu, suas mãos entrelaçadas.
