- Irmã? - Maiara chamou.
- Oi, meu amor.
- Uma mulher veio aqui em casa, estava lhe procurando mas não quis me dizer o que queria. - Se sentou ao lado da irmã. - Ela me pediu o endereço do seu escritório, eu tive a impressão de conhecer ela de algum lugar.
- Não falei pra ninguém me procurar aqui Maiara - Tirou seus óculos pra olha-lá. - Qual o nome dela?
- Antonella.
Maraisa desfez seu sorriso no mesmo instante que ouvira tal nome, não tinha dado seu endereço para ela. Estava se questionando como ela havia conseguido, mal tinham conversado no dia show e fora ele, um pouco também no dia bar mas não passara disso. Não estava irritada até aquele momento, mesmo com o incidente de encontra-lá estava tentando ser educada como havia aprendido mas aquilo pra ela era demais.
- O que foi irmã? - Perguntou confusa.
- Essa mulher é a mesma que conversei no dia do show da lila, a mesma que encontrei no dia que sai depois do estúdio e foi super entrona e sem noção alguma - Respirou fundo. - Nunca disse onde morava, quero saber como ela teve acesso a isso. Tenho certeza que não temos amigos incomum, Mai.
Agora, a morena tinha uma incógnita em sua mente. Não sabia se deveria contar a Marília o que o ocorrera, sabia o jeito que ela ficaria mas ao mesmo tempo não sabia o que ela acharia se não contasse desde já. Não tinha ao certo certeza de quais eram as reais intenções de Antonella com ela, se ela não quisesse só provocar discórdia ou mais que isso.
- Eu fiz mal, me desculpa. - Pediu triste.
- Não metade. - Passou a mão nos cabelos da irmã. - Fica tranquila.
- Você vai falar com a lila isso, não é?
- Não sei - Suspirou.
[...]
- Bom dia, Ana. Leva aquela pasta que pedi pra organizar pra mim assim que puder? - Pediu antes de entrar em sua sala.
Tinha passado os últimos focada em trabalhos que precisavam ser analisados com urgência, não podia ser deixados pra última hora. Apesar da mente estar ocupada, ainda sim os pensamentos vez ou outra paeravam no que estava acontecendo, depois da conversa com a irmã não teve mais sinal de Antonella mas apesar da felicidade que isso trazia, não sabia se de fato era pra se comemorar.
- Aqui, Maraisa - Ana entrou na sala. - E tem uma mulher querendo falar com você, vou pedir pra ela vim
- Quem?
- Eu - A viu entrando pela porta com uma caixa na mão.
- Antonella - Sorriu fraco.
- Desculpa vim sem avisar. - Pediu. - Mas eu trouxe rosquinha pra comermos, se não tiver ocupada.
- Tudo bem, senta. - Apontou pra cadeira vaga em sua frente.
- Vim de surpresa, não achei mal ao menos trazer algo pra oferecer - Sorriu. - Como você está?
- Eu vou bem, obrigada.
A conversa estava em um bom caminho, estavam conversando sobre coisas aleatórias. Antonella contava da sua vida como modelo, os longos períodos em outros países e as diferentes culturas que se de parava em meio as suas experiências. Maraisa naquele momento estava tentando fazer uma análise mental sobre ela, será que poderia esperar algo vindo dela? Ou ela era apenas uma pessoa carente que queria algo aonde não iria conseguir ter?
- É, bom... - olhou pras suas próprias mãos. - Como está sua relação com a Marília? Nunca te vejo com aliança
- Sim. Não temos umas relação concreta de fato, quer dizer, não para as pessoas de fora. Para nós duas sim.
- Mas ela deveria colocar uma aliança nesse dedo logo, não? - Riu.
- Estamos indo com calma - Falou. - Na verdade, eu quero ir assim. Tenho experiências não muito bacanas que me fazem querer assim apesar de saber que ela é diferente.
- É como sabe disso?
- Meu coração. - Sorriu. - Dessa vez, é a primeira vez que eu estou ele. Em outras vezes, dei mais razão pro calor do momento, a aventura de momento, tesão enfim, coisa rasas demais pra começar um relacionamento e ainda jurava que era amor.
Foram interrompidas por batidas na porta que logo foi aberta devagar depois de ter permissão.
- Atrapalho?
- Não, meu bem - Maraisa se levantou pra beija-lá. - Que surpresa boa.
- Ótimo. - Retribuiuo beijo. - São pra você.
- Que buquê mais lindo amor, obrigada.
- Marília - Antonella se levantou estendendo uma de suas mãos.
- Olá - A cumprimentou.
- Vou deixar vocês a sós - Disse. - Foi bom te ver e mara, obrigada pela conversa.
Após verem a porta ser completamente fechada, se olharam. Marília tinha cara de quem estava se perguntando o que estava acontecendo ali mas não queria perguntar não parecer chata.
- Ela veio de supresa - Quebrou o breve silêncio que tinha se instalado ali.
- Como que ela sabia do seu escritório?
- Ela foi lá em casa, não me pergunte como ela conseguiu meu endereço mas conseguiu.
- Você questionou isso, não é? Ela é louca?
- Não, não quero assusta-lá. Eu sou advogada, sou treinada pra ler as pessoa também pela simples forma que elas se comportam além de ajudá-las com seus casos mas ela, eu não consigo. - Voltou a se sentar. - Puxei a ficha dela, não tem nada. Nem mesmo multa de trânsito.
- Isso é estranho - Falou.
- Sim mas eu acho que podemos apenas deixar ela pra lá. - Suspirou. - Você pode vim aqui? - Pediu.
Marília se debruçou na cadeira ficando com o rosto perto do rosto da outra mulher, conseguindo sentir o hálito fresco dela.
- O que você quer? - Perguntou.
- Um beijo ou mais de um - Riu.
A loira a puxou para mais perto segurando em sua nuca, pediu passagem com a língua e sentiu seu corpo amolecer sentindo o quente da língua da Maraisa se misturar com a dela. Beija-lá sempre lhe proporcionava um sensação boa mas diferente e em cada uma delas, gostava de aproveitar cada segundo.
- Como que está o Leo, amor? - Perguntou ao finalizar.
- Ele não aguenta mais não poder brincar correndo pra lá e pra cá mas ele tá bem.
- Tô com saudade dele.
- Tem quatro dias que você não vai lá - Riu.
- Tempo suficiente pra saudade - Fez bico. - No fim do dia, se eu conseguir sair cedo daqui, eu vou ver ele.
- Vai e vai me aproveitar, meu bem. - Lhe deu um selinho - Tenho quatro shows seguidos.
- Onde?
- Rio, São Paulo e dois em Fortaleza.
- Lugares incríveis - Disse.
- Sim mas seria mais se tivesse uma pessoa me acompanhando né assim, além da minha equipe.
- Desculpa meu amor mas dessa vez não dá, estamos pra lançar a música e eu estou terminando de organizar e distribuir meus casos para os outros três advogados por que eu estou oficialmente me aposentando dessa área da minha vida.
- Sério amor!? - Disse animada. - Mas e o escritório?
- Vou manter mas só irei administrar tudo, não pego mais caso nenhum. Existem outras pessoas que trabalham comigo e eu não posso mandar elas embora assim, quando abri os escritório elas me ajudaram muito e me apoiaram, qualquer caso que houver, será tratado com eles.
- Isso é muito, muito bom - Estava feliz. - Eu aceito você não ir dessa vez mas só por isso viu.
- Eu fico aqui cuidando das coisas e ajudando a Ruth com o Leozinho.
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The Attorney | Malila
FanfictionMarília estava um caos com a briga na justiça com seu ex marido pela guarda do filho, em meio aos problemas a mulher não esperava se apaixonar, não queria um novo amor no momento. Ou aonde Marília acaba se apaixonado pela advogada de seu ex marido...