Point view on
A mulher colocou mais uma dose de whisky em seu copo redondo, era a quarta naquela noite e já não descia mais queimando, agora era como uma mera bebida qualquer, a sua diferença era que lhe proporcionava prazer.
- Que bom que chegou, Mário - Falou. - Vamos dar início.
- Com o plano?
- Com o que mais seria? - Disse irônica. - Sim, ela demorou mais do que o esperado naquele fim de mundo, quero que mande alguém observar.
- Quando fará?
- Em algum momento que ela estiver sozinha mas darei essa ordem quando for.
- Isso facilitará o trabalho, boa.
O homem sorriu de canto se aproximando, pegou o copo que antes estava na mão da mulher e bebeu um gole grande sem esboçar expressão alguma.
- Que comece os jogos, gatinha.
Point view off.
Uma semana havia se passado, os dias na fazendo haviam sido reviagorante. Além de curtirem o tempo em família, aproveitando que todos estavam reunidos e as cantoras sentaram para compor algumas músicas que de início no auge da bebida julgaram ser apenas por total diversão entre elas mas ao reverem tudo o que haviam escrito combinaram juntas de levarem pra frente algumas das composições, eram boas demais pra serem guardadas na gaveta.
Maiara, havia decidido nos dias de descanso que se acertaria de vez com Gustavo, tinha se cansado da situação que de encontravam. As brigas por coisas bobas cansavam os dois mas mesmo assim apenas deixavam a situação correr sem fazerem nada pra mudar, se não fosse dessa vez, colocou na cabeça que não tentaria mais nada com o moreno.
Point view Maiara
Depois que cheguei a primeira que fiz, foi ligar pra Gustavo. Pedi pra que ele vinhesse pra minha casa pra termos uma conversa séria, tinha coisas pra falar com ele além de nos resolvermos sobre tudo que houvesse de pendente ente nós pra que pudéssemos evoluir se quiséssemos ter de fato, um relacionamento firme.
- Vou pra casa da Marília, metade - Maraisa se aproximou. - Uh, que isso?
- Fondue - Mostrei a panela. - Isso é pra apaziguar depois da conversar.
- Sei - Vejo ela rir. - Não vai ser bem isso que vai apaziguar, né?
- Como? - Pergunto.
- Oras, dê chá - Ela diz com um sorriso sapeca antes de sair da cozinha, sem me permitir dar qualquer resposta.
Depois dos segundos indignada com a fala de Maraisa, voltei ao meu foco. Não queria que nada desse errado, apenas daria se não entrassemos em concordância e pra isso já teria uma panela de chocolate pra me deixar tranquila junto as lágrimas que eu provavelmente derramaria em seguida.
Quando escuto a porta, me ajeito pela última vez no espelho antes de abrir a porta. Vejo o moreno com um sorriso amistoso me esperando, sorriu de volta dando passagem pra sua entrada, o mesmo para no meio da grande sala, parecia estar nervoso assim como eu estava.
- Primeiro, quero me desculpar. - Comecei. - Eu sumi por uma semana, ao invés de falar com você como uma adulta.
- Não sumiu, né!? - disse irônico - Sumiu pra mim, porque estava bem ativa nas redes, inclusive soube que estava na fazenda da sua família por lá e assim ficou, uma semana.
- Eu, eu sei - Não tinha o que argumentar sobre, ele estava certo, eu corri apenas dele. - Me desculpa e é por isso que lhe chamei aqui.
- Por favor, prossiga...
- Eu amo você, amo mesmo, não é algo passageiro e eu consigo sentir isso dentro de mim e ainda, essa segurança dentro de você. - Olhei em seus olhos. - Eu não consigo entender o porquê de deixarmos coisas tão banais nos atrapalhar, viramos a cara um pro outro por nada.
- É...
- Não existe relacionamento que se firme assim, me entenda. Você me passa segurança de um lado, de outro me deixa livre demais. Eu não quero precisar ter medo, você não faz ideia do que já fizeram comigo mas diferente de antes, não sou mais a mesma Maiara. - Me aproximo. - Eu amadureci mais, aprendi a me ver e a olhar em volta as coisas. Quero que você me diga se está disposto, se quer amadurecer comigo pra que o nosso nós dê certo.
- Fui infantil com você em muitos pontos, não agi como uma mulher de 34 anos e eu sei disso, desculpa. Em um relacionado é os dois, ou não tem relacionamento, via de mão dupla. - Terminei.
- Mai... - Pegou na minha mão livre. - Eu não irei discordar, nós dois erramos, nós dois nos deixamos se levar por coisas que não eram pra ter uma pauta entre nós. Quero você, apenas você é quem eu quero.
- Sim...
- Não quero te perder. - Segurou meu rosto. - Eu amo você. Sei que apenas amor, não adianta e não sustenta. Por isso, eu estou mais do que disposto a mudar cada detalhe que possa interferir pra nosso bem, estou totalmente aqui pra você e pra gente.
- Vamos cuidar da gente.
- Sim, vamos cuidar da gente amor. - Colou nossas testas. - Vou cuidar de você - Sussurrou.
Sorriu abertamente ao ouví-lo, roço meu rosto no dele enquanto sinto suas mãos se fecharem na minha cintura me prendendo mais a ele.
Saudade, é a palavra certa pra definir.
eu estava com saudade dele, do cheiro, do toque, tudo que se resumia a ele. Dizem que ficamos dependentes até mesmo do cheiro quando estamos viciados em alguém, amando. E é a mais pura verdade, eu estava viciada e o corpo dele no meu, era o que me enlouquecia.
Point view Maiara off.
Maraisa chegou na casa da namorada e a encontrou sentada tocando piano. Uma mão focada no instrumento que havia ali e a outra segurava Leo em seu colo que olhava os movimentos que a mãe fazia atentamente como se entendesse de tudo. Não havia dúvidas que o pequeno seguiria o caminho da mãe, era notória mesmo tão pequeno o brilho que havia ali em qualquer coisa que se ligasse a música.
Se aproximou com cuidado pra não interromper o momento dos dois, em silêncio se encostou do lado do piano, sorrindo pros dois que rapidamente a olharam sorrindo quase em sincronia. Se permaneceu até a melodia por fim, acabar.
- Tão lindo ver vocês juntos assim - Foi a primeira coisa que disse. - Não queria atrapalhar.
- Não atrapalhou amor, estava só passando o tempo. - Sorriu. - As vezes gosto de tentar tocar mas quase impossível porque o senhor meu filho só gosta de ficar no meu colo quando esse momentos acontecem.
- Mama - Léo chamou.
- Oi amor - Marília lhe olhou.
- Não - Fez bico. - Mama - Olhou pra Maraisa agora que demorou pra entender o que acabara de acontecer.
- E..eu? - A morena então perguntou com receio.
Seu peito encheu de forma diferente quando viu a cabeça do menino balançar devagar dando lhe uma resposta positiva. Aquilo estava mesmo acontecendo, Léo havia lhe chamado de mãe e estaria mentindo se dissese que nunca havia imagino essa cena mas agora, quando estava realmente acontecendo a fizera flutuar sem sair do chão.
- O que quer amor?
- Colo - Ele estendeu as mãos.
Rapidamente estendeu de seus braços para pegá-lo no colo, logo se ajeitou em seu colo deitando a cabeça. Marília sorria como uma boba olhando, então, voltou a tocar.
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The Attorney | Malila
FanfictionMarília estava um caos com a briga na justiça com seu ex marido pela guarda do filho, em meio aos problemas a mulher não esperava se apaixonar, não queria um novo amor no momento. Ou aonde Marília acaba se apaixonado pela advogada de seu ex marido...