Capítulo 51

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oi, monoti

— É ela, não é? — Maiara perguntava. — É a Maraisa, não é isso? FALEM.

Marília envolveu Maiara nos braços a trazendo pra si. A mesma já tinha seus olhos inundados por lágrimas, era notório o desespero em suas atitudes, não estava se segurando mais.

— Sim. —  Raquel afirmou. — É ela, conseguimos localizar. Possivelmente Maraisa ligou o aparelho que estava com ela, a partir disso conseguimos sinal.

— Vou com você. —  Maiara se prontificou.

—  O que? Vocês estão achando que isso é brincadeira? — Marcus tomou a frente.

— Marcus, cala a boca — Raquel exigiu. — Não é recomendado. O sinal veio de uma projeto de condomínio na br, é antigo, nunca chegou a ser concluído e mais, nem mesmo sabemos que era o tal dono que estava fazendo tudo. A área é grande, afastada e abandonada.

— O projeto era pra ser praticamente um mini cidade. Apartamentos, casas, mercados, praça enfim, nunca chegou a ser concluído e alguns dizem que o dono era também dono de multinacionais, mas acabou falecendo. — Alguém da equipe completou.

Marília ligou pra todos avisando que o paradeiro de Maraisa tinha sido encontrado, alívio e apreensão tomaram a todos. Almira e Marco, tinham chegado na capital noite atrás, a mais velha era a única que conseguia acalmar Maiara e fazê-la dormir. Assim tinha sido, tinha dormido com agarrada a mãe.

Raquel deu a ordem pra equipe se organizar, se paramentarem. Com muita insistência, Marília convenceu a amiga de ir até o local junto com todos, com a promessa de ficar distante sem fazer interferências.

[...]

— O sinal estava mais ao leste, temos aquelas duas casas. — Raquel estava com a equipe de longe. Não queria fazer alardes, não queria que fosse descobertos, não agora.

— A casa da direita, está com as janelas todas tampadas por papelão, não é atoa. — Alguém sabe equipe comenta. — Nenhuma casa está assim, além dela, sem contar que é a mais preservada.

— Podem cercar a casa, com cuidado e cautela, andem. Quero dois no alto vigiando, quando todos estiverem prontos entraremos. — Raquel deu a ordem. — Me chequem pra dar o aval.

A inspetora olhou pra loira e balançou sua cabeça com um sorriso singelo estampado, estava tentando trazer algum conforto naquele momento. Por outro lado, Marília sentia seu corpo suar frio e trêmulo dando sinais de um estado automático diante de tudo.

— Inspetora. Tem movimento na casa, consigo ver uma mulher e um homem. Não sei se te agrada mas o homem que está lá dentro é Mario Nakandin. Os dois estão no mesmo cômodo. Parecem estar nervosos, estão gesticulando impaciente e parecem estar gritando. — Kevin, um dos atiradores falou através do rádio. —  Estão reunindo diversas coisas, talvez pra evacuarem o lugar.

Mário Nakandin, era um antigo conhecido de Raquel durante sua estadia na Interpol. Foi um dos que tiraram o sossego da morena, o esquema do homem era golpes uma vez de pequeno, se tornaram golpes milionários fora alguns envolvimentos com contrabandos.

Agora sua cabeça trabalhava pra tentar entender a ligação de Mário com Maraisa. Quem era a mulher que estava com ele, ou, qual dos dois tinha proximidade a Maraisa.

— Na última vez, eu avisei a esse babaca que eu iria encontrá-lo, veja só, ele veio até mim. —  O tom de voz da mulher agora, era outro.  — E a Maraisa? Sinal dela?

— Ela está em um cômodo na parte de cima, parece um quarto. Está sentada em uma cadeira, parece estar desacordada.

— Se ele estão nervosos, talvez tenham descoberto que localizamos o sinal. — Raquel olhou mais uma vez pra Marília, antes de se afastar. Posicionou seu colete novamente, antes de colocar a arma em punho. — Todos em posição. Vamos aproveitar o momento de distração. Entraremos pela porta principal, daremos de cara com eles. Quero mais dois na porta de trás, nenhum dos dois irá fugir.

— Vamos trazer ela. — Piscou.


The Attorney  | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora