Capítulo 42

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- Queria casar com você - Marília diz olhando pro teto enquanto sorria.

- Queria? - Maraisa franzi o cenho.

- Não, eu quero - A olhou. - Me expressei mal. Digo, eu queria agora. Esperar é ruim.

Maraisa se permitiu sorrir, deixou o celular na mesinha de canto e se virou com cuidado pra não acordar Leo que ainda dormia tranquilamente entre elas mesmo com o barulho abafado que vinha da parte de baixo dos que ainda estavam acordados curtindo, tinha o sorrisinho no cantinho de boca indicado que estava sonhando algo bom. Olhou pra namorada que agora também a olhava.

- Eu também quero, na verdade, já imaginei algumas vezes. - Falou. - Mas não seremos apressadas.

- Não, não iremos amor.

- Vamos fazer tudo se ajeitar pra então, casarmos. Mas não pense que não quero, estou deixando claro que é também uma vontade minha.

[...]

Na manhã seguinte Marília despertou ao sentir mãozinhas pequenas passando pelo seu rosto e risos baixinhos que preenchiam o silêncio do quarto. Abriu devagar seu olho lançando seu olhar certeiro em direção ao dono daquelas mãozinhas e sorriu largamente lhe dando um beijo na testa. Percebeu que Maraisa não estava na cama mais o que era estranho já que o relógio do lado mostrava que era apenas 9 da manhã, a única coisa que tinha do lado em que a namorada dormira na noite anterior era um bilhete em seu travesseiro.

bilhete:

Oi, amor. Me desculpa não ter te acordado pra falar nada mas estava dormindo de forma tão tranquila, fiquei com tanta pena de te tirar dele. Eu estou indo na cidade com Maiara e Milena, temos algumas coisas pra fazer mas voltamos antes das quatro da tarde, esteja pronta. Coloque uma roupa levinha, quando chegar te levarei a um lugar. Eu te amo, da um beijinho no Leo.

A loira sentiu um cheiro conhecido por ela vindo do papel, sorriu ao perceber que maraisa havia colocado um pouco de seu perfume ali. Quantos filmes românticos antigos ela havia assistido recentemente?

Ficou um tempo  dando beijinhos e abraços em Leo, antes de levá-lo pra fazerem as higienes matinais para descerem pro café da manhã. Quando chegaram todos estavam com a pior cara possível, de longe, cansados.

- Bom dia família - Marília estava alegre.

- Minha querida nora, se puder não gritar, lhe agradeço - César falou antes de beber um pouco de café.

- O que tinha nas bebidas de ontem? A cara de vocês - Riu alto. - Ainda bem que fui deitar cedo.

- Não tinha nada cunhadinha, meu pai que esqueceu que não tem mais vinte anos. - Maraiso falou se arrependendo segundos depois ao ver o olhar do pai.

- Pois é - Ruth concordou. - É só pra quem pode.

- Vocês estão todos contra mim?

- Oh, César como é dramático. - Almira Riu. - Por isso Maiara adora um drama.

- Uma briga familiar matinal tranquila - Marília se sentou colocando Leo ao seu lado.

Tomaram o café entre bicandeiras e a cara irritada de César a cada vez que provocavam ele sobre quantas tinha tomado na noite anterior. Depois do café, todos foram fazer algo pra se distrair antes do almoço ficar pronto, Marília aproveitou seu tempo com Leo, deixou o pequeno escolher todas as brincadeiras possíveis de sue gosto, se dispôs a brincar de todas, estava morrendo de saudade desse clima com o filho.

Perto do horário que Maraisa havia comentado no bilhete o carro da mesmo parou na frente da fazenda, logo saiu ela , Maiara e Milena com algumas sacolas.

- Oi, amor - A morena beijou a namorada. - Vamos?

- Amor, onde vai me levar? - Perguntou.

- Surpresa. - Lhe deu outro beijo.

[...]

O casal estava no carro jogando conversa fora enquanto Maraisa dirigia com sua visão atenta a estrada de terra que haviam pegado, não demorou muito pra chegarem na portaria do que parecia ser um sítio, sem esforço a morena desceu abrindo o portão revelando do outro lugar um senhor baixinho que a cumprimentou com um sorriso largo.

- Vem amor - Abriu a porta do passageiro.

- Onde estamos?

- É o sítio do irmão do meu pai mas ele quase nunca vem, fica mais o caseiro. - Falou.

- Vamos fazer o que?

- Surpresa. - Lhe deu um selinho. - Me ajude a pegar as coisas lá trás e se prepare pra caminhar.

Caminharam por cerca de 10 min até a pequena trilha revelar um paraíso que mais parecia um pintura de tão perfeito, era uma cachoeira. Os raios de sol batiam contra a água trazendo um magia para o lugar e o barulho da água, era revigorante pra quem sabia apreciar.

- Gostou lila?

- Se eu gostei? Eu amei.

- Sabia - Sorriu. - Que tal um piquenique enquanto olhamos pra essa perfeição na nossa frente?

- Com certeza eu aceito - A loira lhe puxou para iniciarem um beijo calmo e apaixonado, não havia pressa alguma naquele momento, pelo contrário. Marília fazia um carinho com o dedos na bochecha da morena enquanto aproveitavam a sensação.

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Bom aproveitarem a calmaria

The Attorney  | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora