Capítulo 49

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- Falei que ele voltaria bem. - A mulher falou. - Agora é eu e você. Vais conhecer quem sou.

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Capítulo com conteúdo sensível, violência.

- Você é uma boa advogada, Maraisa?

Se levantou.

- Se acha boa no que faz?

Se aproximou.

- Sabe - Prosseguiu antes que a outra mulher pusesse responder. - Você me conheceu anos atrás.

Maraisa a olhou confusa, não entendia antes o que estava acontecendo e agora muito menos.

- Uma vez, meu pai foi acusado de assédio por uma funcionária dele. Logo depois, algumas outras denúncias surgiram de forma simultânea pra arrancar dinheiro de nós e então, a polícia foi além das acusações de assédio. - Falou. - Eduardo Lendorny.

No mesmo momento que ouvira o sobrenome Maraisa sentiu seu corpo falhar, sua cabeça dar algumas voltas e sua mente à levar instantânea para um filme, como maneira de lembrá-la mesmo não sendo preciso, ela bem se lembrava. Havia sido o primeiro caso que ela tinha pego, o primeiro que colocou em seu currículo de peso.

Como peças de um quebra cabeça imaginário, tudo havia então se encaixado.

Vingança.

ato lesivo praticado em nome próprio ou alheio, por alguém que foi real ou presumidamente ofendido ou lesado. Se lembrou das filhas e a mulher que o homem possuia, lembrava-se que eram duas meninas por vê-las chorarem ainda novas quando Eduardo havia sido condenado. Por um lado, naquele dia seu coração estava feliz por ter feito justiça e por outro, via uma família sendo dividia ali. Uma família que conhecera de verdade o homem que morava na mesma que casa que elas.

- Mas ele não tinha nenhuma filha chamada Antonella.

- Bingo - Antonella parecia se divertir.- De fato, não tinha.

- Então, você... - Maraisa a olhou. - Sofie. Você é a Sofie, a filha mais velha e a sua irmã é, Marianne.

Antonella veio de encontro a Maraisa agarrando em sua queixo, fazendo duas unhas cravarem ali.

- Que memória boa. - Quase cuspiu as palavras. - Você acabou com a minha família.

- Eu fiz justiça por aquelas mulheres, botei aquele assediador na cadeia.

Sem esperar, Maraisa sentiu seu rosto queimar. Automaticamente franzeu o cenho tentando assimilar que levara um tapa.

- Logo depois que meu pai foi preso. Ficou apenas eu, minha irmã e minha mãe. - Voltou a encará-la. - Meses depois, mamãe descobriu um câncer e daí foram 2 longos anos de luta até ela falecer ficando apenas eu e minha irmã. A empresa já não ia tão bem assim, eu ainda era menor de idade e não podia cuidar de mim e de minha irmã.

- Seu pai procurou isso.

Mais um tapa foi ouvido no ambiente. Mais uma vez a morena sentia seu rosto arder.

- Lembro do seu sorriso ao ouvir a sentença. - Disse irônica. - Eu tive que parar os estudos em instituições, tive que estudar em casa. Tive que cuidar da minha mãe, até vê-la morrer e sem meu pai pra nos dar suporte. Logo depois que ela se foi, tivemos que ir pra casa de uma tia que nem se importa em nos visitar quando ainda éramos uma família e foi horrível, eu não via a hora de ser maior de idade.

- Isso está acima de mim, Sofie.

- Não quero que me chame assim - Segurou o pescoço de Maraisa.

- E..eu não posso dizer que tive culpa em relação à isso. - Uma lágrima escorreu. - Seu pai assediou aquelas mulheres, fora o esquema dentro da empresa. Ele era tão seguro de si, quem se deu ao trabalho de ocultar o próprio nome dos esquemas, tinha certeza que nunca seria pego mas não é assim que as coisas funcionam.

- Mário  - Chamou.
- Tira ela da minha frente.

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A fic está com quase 63k de visualizações! Vocês são incríveis.
vou trazer uma atualização dupla, quinta feira pra comemorar! Fechou?
Comentem o que estão achando! estou pensando em levá-la pra reta final

The Attorney  | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora