The Attorney | Malila

Capítulo 46

Marília apertava o celular em suas mãos, trazendo o máximo que conseguia pra mais perto, sentia sua orelha doer mas não importava naquele momento apenas chamava por Maraisa e Leo sem obter resposta alguma, ouvia de longe barulhos de carro, ligação ainda rolava. Seu coração batia mais forte naquele momento ouvia cada batida, arriscaria dizer que conseguia senti-lo comprimir tudo por dentro.

Na noite anterior havia tido um sonho com os dois, se lembrava de borrões quando acordara mas a sensação que tinha em seu peito não era nada boa. Havia esquecido desse acontecimento em meio a correria mas o estalo que tinha tido a lembrou. Era um aviso aquilo? ela não prestou atenção?

Após insistir sem respostas, ligou para o primeiro contato que encontrou na agenda, era o de Murilo que havia ligado mais cedo para saber coisas do filho.

ligação on

- oi, loira. Aconteceu algo?

- Onde você está? Me diz que ainda está em Goiânia, por favor.

- Sim, o que foi? - Agora estava preocupado. - Estou no estúdio. - O que aconteceu?

- O Leo e a maraisa... - Deixou um suspiro forte escapar.

- O que foi? Eu preciso que se acalme.

- Sem alarme, por favor! Vá até o shopping do centro. Procure pelo carro da Maraisa, caça o celular dela. Preciso que seja agora, Murilo.

- Você está doida? - Perguntou sen acreditar. - Eu não estou entendendo nada, o que tem o Leo? Vocês brigaram?

- Eu te conto tudo mas vai - Pediu com a voz embargada.

- Ma...- Desistiu ao ouvir a mulher fungar mais forte denunciando seu choro do outro lado da linha. - Estou indo.

Enquanto Murilo dirigia, Marília contava tudo o que acontecerá minutos antes. Intercalava sua atenção com Bahia que estava agora no quarto ajeitando tudo pra que pudessem pegar o jatinho de volta pra Goiânia. Tinha Show naquela noite mas era o que menos importava naquele momento, apenas queria saber o que havia acontecido. Sua cabeça estava um turbilhão de pensamentos dos mais diversos.

- Achei o carro dela.

- Vai, procura pelo celular. Tenta achar, ela estava falando comigo pelo pessoal eu acho, deve estar com o pra trabalho.

Murilo colocou o celular de forma que pudesse ficar com as mãos livres pra procurar o aparelho enquanto estava abaixado, sem demorar achou caído debaixo do carro ao lado que estava estacionado.

- É um com a capinha colorida, não? - Perguntou. - Preciso saber exatamente o que aconteceu.

[...]

- Que porra você fez, Mário? - A mulher proferiu. - Você está maluco? Era pra separar um dos seus melhores homens.

- Ele é.

- É mesmo? - Falou irônica - O que é que eu vou fazer com a criança? Que caralho.

- Nós vamos dar um jeito, vamos lidar com ela agora, não trouxeram o menino? Vamos até o final.

- Trouxeram por burrice da porra do seu homem.

[...]

Não longe dali, Maraisa despertou se assustando imediatamente com a claridade do sol de fim de tarde que entrava pela pequena janela que havia no cômodo que não era muito grande e era no alto. Olhou para o lado, encontrou Leo que dormia calmamente como se fosse um cochilo comum da tarde, o desespero bateu dentro de si ao se lembrar do que acontecera e que não reconhecia onde estava.

Se levantou indo direto a porta como imaginava, estava fechada. Forçou mas a porta antiga era mais resistente do que imaginava, se lembrou do celular que estava no bolso mas antes que pudesse pegá-lo escutou a voz desconhecida que antes longe agora estava mais perto, correu de volta pra cama que antes estava e fugiu estar dormindo.

Com força a porta foi aberta, um homem alto entrou chamando por ela que permaneceu na mesma posição. Deixou uma bandeja de comida  em um canto qualquer e saiu trancando novamente a porta de madeira.

- Ela tá acordada? - Ouviu agora uma voz feminina.

- Não.

- Mas vai acordar, vou lá. - Ouviu um barulho de salto no piso, era irritante quando misturado com aquele silêncio que exalava no ambiente em si.
- Sabia que a estaria acordada. - A mulher aparecera na porta que foi aberta com calma.

- v..você? - A voz falhou.

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sem brigar comigo pela demora hein