Capítulo 38

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A conversa fluira bem, além do que Maraisa havia esperado para aquela noite. As duas mulheres dividiram coisas de suas vidas, mas a conversa tomara um rumo que qualquer pessoa que ouvisse naquela altura do campeonato julgaria ser uma típica conversa de bêbadas no balcão de um bar. Apesar de não estar bêbada, a morena se deu conta que estava encaminhando para tal, então ligou para a namorada buscá-la para não dirigir, haviam combinado assim.

Apesar de Maraisa insistir que não era preciso, não tinha como ir contra Marília.

- Como foi amor? - Perguntou a loira.

- Bom - Sorriu. - Antes que pergunte, vou lhe adiantar. Ela não tentou nada e se tentasse seria em vão.

- Como sabia que eu ia perguntar isso?

- Marília, devo lhe afirmar mais uma vez. - deu uma pausa. - Eu conheço a namorada que eu tenho.

A loira sorriu de forma solta balançando sua cabeça, era engraçado ouvi-lá com tamanha afirmação.

- Eu sou tão previsível assim?

- Não diria previsível e sim ciumenta.

- É um bom argumento - Riram

Ao chegarem em casa, Marília reparou a luz no quarto de Leo acessa o que a deixou intrigada. Havia o colocado para dormir e antes de sair, também tinha certificado se o filho realmente tinha pegado no sono pra então sair sem preocupações. Quando entraram foram direto para o quarto do pequeno, o encontraram deitado na cama enquanto dona Ruth fazia um carinho calmo na cabeça dele enquanto o mesmo assistia alguma coisa no celular que estava em suas mãos.

- O que aconteceu mãe?

- Ele acordou assustado, disse que teve um pesadelo.

- Pesadelo? - Levantou uma de suas sobrancelhas. - Nunca o vi ter um.

- Pois é filha, ele acordou assustado e te procurando.

Leo então levantou seu olhar para onde as duas mulheres estavam, como se só tivesse se dado conta da presença de ambas naquele momentos apenas. Um sorriso largo surgiu em seus lábios, as fazendo rir de volta em reposta.

- Conta pra mãe o que cê sonhou meu amor? - A loira se aproximou. 

- Era a muler du parque mamãe - Coçou um pouco os olhos. - Ela tava nu parque d novo queria mim tirar de você e da tia malaisa.

- Mulher do parque Leo? Você viu ela já? -A voz de Maraisa surgiu baixa no quarto.

- Xim - Ele balançou a cabeça também. - Ela tava no parque fui com a vovó.

- Alguém diferente falou com ele mãe?

- Não, sabe que eu não gosto de sair do lado dele por nada.

- Talvez ele esteja confundindo sonho com realidade, ambos os acontecimentos foram no parque. Ele deve estaar misturando as coisas. - Maraisa chegou mais perto.

- Filho, cê viu mesmo essa mulher?

mais uma vez ele confirmou balançando a cabeça.

- Entendi meu amor - Sorriu.

- Pode dormir com você e a tia hoje?

- Só se dá beijinho na tia - A morena estendeu o braço pra pega-lo no colo.

[...]

Leo se colocou no meio das duas mulheres, as puxou para mais perto fazendo as mesmas o abraçar. Não demorou muito pra cair no sono novamente, parecia que não iria acordar tão cedo. Estava realmente esperado por elas pra voltar a descansar, também quisesse certificar que estaria com as duas por conta do pesadelo.

- Não fica pensando muito no que Leo falou, amor. Sua mãe disse que ninguém falou com ele, ele só pode estar confundindo. - Quebrou o silêncio.
- Toma banho comigo? - Maraisa perguntou.

- Vai que eu vou botar travesseiro em volta dele pra não sentir nossa falta.

Maraisa se levantou com cuidado pra não fazer muito barulho e saiu em direção ao banheiro. Encostou a ponta dos dedos pra sentir a temperatura da água e sorriu involuntariamente ao sentir o líquido da banheira morno, havia deixado enchendo, estava perfeita. Não via a hora de se livrar da roupa apertada que estava vestindo desde cedo, necessitava tirar.

- Deixa eu entrar primeiro e você entra. - Marília finalmente apareceu.

-  Por que disso?

- Posso ficar agarrada em você assim. - Sorriu.

Assim, fizeram. Maraisa se ajeitou no meio das pernas da mais nova enquanto a mesma passava um pouco de sabão líquido pela costas dela. Sentir as mãos de Marília na suas contas enquanto apertava em pontos de tensão certo estava lhe fazendo a pessoa mais feliz do mundo naquele momento.

- Você estava tensa - Marília agora estava jogando água pra tirar o sabão.

- Eu sei amor  - Disse baixo.

Marília deslizava seus dedos no braço da morena que estava relaxado apoiado na borda da banheira.

- Você é tão linda amor - Deu um beijo no pescoço exposto da morena. - Você é tão perfeita.

- Hum.

-  Cada detalhe seu - Deu outro beijo.

Maraisa fechou os olhos e deixou sua cabeça cair no ombro de Marília apenas ouvindo tudo o que ela falava.

- Você é gostosa - Sussurrou aproximando seu rosto o quanto podia suspirando forte vendo a mais velha se arrepiar. Marília escorregou a mão que minutos antes contornava o braço dela, pela sua barriga agora.
- Mais cedo você disse que tinha ficado estressada com o vôo, vou te ajudar a relaxar já que não consegui mais cedo.

- Não enrola Marília.

Marília mordeu o nódulo da orelha dela antes de deslizar dois dedos para a entrada de sua namorada, passou ali contornando aquele ponto sensível, com o dedão  pressionava o clitóris da mesma.

- Eu adoro te ver assim, entregue - Lhe deu um beijo no mesmo lugar que beijar minutos antes.

- Vai logo. - pediu baixo.

- O que? - Marília introduziu seu dedo devagar e logo tirando em seguida.

- Hum, você sabe.

- Na verdade, não - Seu tom baixo era proposital, sabia o que conseguia causar. Fez de novo, contornou com a ponta dos dedos a entrada da mesma.

- Me fode - Pediu baixo. - Agora você sabe o que eu quero?

Marília se permitiu sorrir de lado ao ouvi tal pedido, sabia o que ela queria, era óbvio mas ouvi-lá pedindo era melhor que qualquer outra coisa. Atendendo o pedido, mais uma vez deslizou os mesmos dois dedos para dentro da entrada da morena que se concentrava com a sensação de poder senti-lá. Os movimentos de vai e vem começaram lentos, eram acompanhados dos beijos e chupões que a loira conseguia dar na parte exposta do pescoço da morena.

Sua mão livre foi de encontro ao seios da mesma enquanto intercalava apertando e dando atenção para os dois. Conseguia ouvir os gemidos baixos e a respiração ofegante de Maraisa conforme as estocadas se tornavam mais ágeis dentro de sua intimidade. Tentava se policiar pra não gritar que apesar de ser sua maior vontade, não podia. Marília parou e tirou seus dedos recebendo uma respostas de descontentamento.

Marília estimulou mais um pouco o clitóris antes de prende-lo entre seus dedos causando um atrito no mesmo e movimentado enquanto o prendia, alternava vez ou outra com movimentos pra baixo e pra cima.

- Vo..cê não me ajuda assim.

Marília sorriu novamente, voltando aos seus movimentos, novamente introduzindo seus dois dedos dentro da intimidade de sua namorada fazendo movimentos rápidos. Não demorou pra senti-la desmanchar em seus dedos, seus corpo agora estava relaxado e sua respiração ainda descontrolada.

- Se você me desestressar toda vez assim, não vejo a hora de me estressar novamente.

 


The Attorney  | Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora