Seagull

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Olá, pessoa incrível <3 Muito obrigada por estar aqui mais uma vez.

Este é o primeiro capítulo que, de fato, não faz parte do livro escrito pelo Seagull. Alguns meses se passaram desde o capítulo anterior até aqui, então não estranhem algumas mudanças no personagem, haha.

Espero que goste, de verdade. Não esqueça de comentar, eu estou muito ansiosa e quero feedbacks sinceros hahah :)

Boa leitura!

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Seagull

por Luzia Kang

Memórias ou ficção? A vida após a partida de V, na perspectiva do pintor, romancista, gaivota e, às vezes, Jeon Jeongguk.

Nos últimos meses, muito se tem ouvido falar o nome Seagull. Do pintor, Jeon Jeongguk, pouco se sabe. Desde a publicação de seu primeiro romance, intitulado Vinte Minutos e V, Jeongguk se tornou a sombra de uma gaivota. Uma gaivota que busca, pelo céu, por alguém.

Acompanho a história desde que li o livro, dois meses atrás, logo após o seu lançamento. O jovem pintor, sempre uma figura misteriosa e fria, enfim decidiu mostrar que há mais sensibilidade dentro do corpo do que aquela revelada nas telas em exposição. Tão logo o livro foi publicado, causou burburinho entre mídia e público. Não se sabe o que é relato, nem o que é inventado. O final suspenso provoca um mistério sem resolução: onde está V? E, mais do que isso, quem é V? Essa figura fictícia existe de fato na vida real? Seria o romance apenas uma peça publicitária? Os tabloides levantam hipóteses, mas são deixados sem resposta. Seguindo os passos de V, Jeon Jeongguk desapareceu. Escondeu-se no próprio silêncio.

Nenhuma entrevista, aparição pública, declaração à mídia. Nada. Nos bastidores do cenário jornalístico, todos afirmam, sem hesitar, que o artista é inacessível. Então, não posso deixar de mencionar a minha surpresa ao receber a ligação pessoal do editor da Revista Altarte, me confidenciado em voz firme: ele quer você.

E me apresentou um convite absolutamente irrecusável, seja por meu espírito de romântica ou pela minha curiosidade de repórter: entrevistar, cara a cara, Seagull.

Aceitei de imediato.

Jeon Jeongguk é artista. E, na afirmação, se vincula o estereótipo do ofício: é excêntrico. Marcou nosso encontro não numa cafeteria, nem na redação da revista que o convidou para essa entrevista, mas em um estabelecimento curioso. Quase me perdi procurando o local. Numa viela estreita, a pequena portinha se espreme entre uma loja de brinquedos e uma farmácia. Para os cidadãos ocupados da capital, se camufla, tornando-se invisível. Uma passagem oculta.

Ao abrir a porta, me deparo com uma escadaria antiga e apertada, sem corrimão. Só existe um caminho: em frente, até o topo. Subo os degraus, não tantos, mas em número suficiente para descompassar minha respiração.

Vinte Minutos e VOnde histórias criam vida. Descubra agora