O dia amanhecera e com o raios solares veio o cantar dos passarinhos, era algo como um assobio baixo e melodioso. Rey abriu os olhos, ainda estranhava a cama e as paredes rosa pastel à sua volta, mas não era algo mau de todo. Era até aconchegante pensar que alguém tivesse se esforçado para agradá-la.
— Rey, posso entrar? — uma voz feminina doce perguntou
— Claro.
A porta abriu e a Sra. Lore foi revelada, os seus longos cabelos caramelo estavam apanhados num rabo de cavalo. "Deve ter acabado de acordar", pensou Rey.
—Dormiste bem?
—Sim, — não quis alarmar — a senhora foi muito amável por me dar um quarto tão bonito.
—Não me chames de senhora, faz-me sentir velha. — Riu — Fico feliz que seja do teu agrado, tinha medo que não gostasses e aliás se quiseres mudar algo diz! Terei todo o gosto de mudar se isso te trouxer felicidade.Rey sorriu e acenou que sim, sem saber muito o que dizer.
— Quando quiseres tomar o pequeno almoço podes vir à cozinha. Acabei de fazer umas panquecas deliciosas.
— Então vou assim que lavar a cara.
— Certo — sorriu uma última vez para Rey antes de voltar a fechar a porta.Tinha sido adotada pelo casal Jity e Del Lore, vivia com eles à dois dias então ainda estava num processo esquisito de adaptação. Rey no início não entendia muito bem porque queriam eles uma adolescente que mal tinha 16 anos, pensara que queriam alguém para fazer trabalhos domésticos, ajudar com os filhos pequenos ou então apenas alguém que trabalhasse para eles a troco de um sítio para morar mas estava enganada. Primeiro o casal mantinha empregados que faziam tudo pela casa, segundo não tinham filhos ou seja ninguém para a jovem fazer babysitting e por último nestes dois dias ela tinha sido deixada à vontade enquanto os dois tentavam ao máximo puxar conversa e conhecê-la melhor sem nunca pedir nada. Rey ainda não conseguia acreditar que aquilo era real, a todo o momento estava à espera que fosse mandada para a cozinha fazer o almoço ou então mandassem aspirar a enorme casa inteira.
Suspirou, os Lore estavam a tratá-la tão bem, não podia pensar o opior deles. Levantou-se da cama em direção à casa de banho do quarto, lavou a cara e pensou o que vestir. Tinha combinado de sair com Finn, o amigo iria mostrar-lhe um pouco da cidade.
Finn era, como ela, um rapaz adotado. Estiveram várias vezes juntos nas mesmas casas de acolhimento, cresceram juntos e criaram uma forte amizade. Quando tinham 10, Finn foi adotado por uma família que não podia ter filhos, apesar de humilde Finn recebia bastante amor deles e sentia-se feliz. A única coisa que deixava-o desolado era saber que Rey continuava no sistema, então quando recebeu a notícia que a amiga tinha sido adotada ficou eufórico e ainda mais ficou quando descobriu que depois de anos iam partilhar a mesma cidade.
Rey sorriu com o pensamento de rever o amigo, a última vez que se viram foi à dois anos atrás. Quando Finn apanhou o comboio e foi ter com ela a Jakku, a vila que ficava a mais de 500 km da capital Tatooine onde Finn vivia.
Mas agora estavam os dois em Tatooine, as coisas seriam diferentes, finalmente iriam parar de se comunicar através de ligações e mensagens apenas.
Desceu as escadas e viu o Jiny Lore sentado numa das cadeiras da cozinha a ler o Daily News Tatooine.
— Bom dia Sr. Lore
—Oh, bom dia Rey — o homem levantou os olhos do jornal — A Del fez-te uma panquecas, tens morangos e chocolate aqui para colocar nelas.
— Obrigada! — foi até ao balcão, pegou o prato com três delas e sentou-se do lado direito do homem.
— Dormiste bem? Com certeza não, tanto rosa num quarto deve dar-te dores de cabeça à noite.
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Eyes.
Teen FictionBenjamin Solo pertence à família de heróis de guerra mais conhecidos no país, após os pais e o tio levarem a cabo uma revolta para livrar o país das garras tiranas do partido Sith o nome Solo carregava uma força e expectativa descomunal e que não er...