Capítulo 6

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Kensuke


Uau. Aquele lugar era o mais bonito que tinha visto em Akai. O piso de madeira perfeitamente polido no chão brilhava com verniz que era possível ver até seu reflexo nele.

Tudo estava impecável. As paredes eram de tela, mas Nanami havia dito que existia muitos compartimentos que evitavam que o som se propagasse para outros cômodos. Como isso foi possível de fazer, não tinha ideia.

Lanternas redondas estavam penduradas no teto com um brilho alaranjado. Podiam ver das janelas do corredor as piscinas e a extensa neblina de vapor. Até mesmo o aroma daquele lugar era gostoso.

Nanami o encheu com detalhes sobre como era o seu trabalho ali, sobre como amava aquele lugar e como desejava sempre levar Kensuke para se banhar nas termas.

— Deveríamos fazer isso sempre. — Ele comentou com sabedoria. — Meu pai Naoki disse que as águas provenientes da massa vulcânica são ótimas para a pele e para a circulação sanguínea.

Kensuke levantou uma sobrancelha. — Oh.

— Deixam o corpo mais disposto e alivia todas as dores dos músculos. Ah e é bem relaxante, você não se lembra, mas gosta muito!

— Gosto é? — Ele gostava de ouvir Nanami falar também, era fofo sua empolgação.

— Chegamos! — Ele usou a chave e abriu a porta para o quarto. Pelo que Kensuke percebeu, nenhum dos quartos ao redor pareciam ocupados. Dentro, um degrau acima, havia um grande futon de casal muito grosso, com uma aparência bem confortável. Dois travesseiros em forma de rolinhos estavam posicionados, edredons perfeitamente dobrados ao pé da cama e um gaveteiro na parede à esquerda.

O quarto tinha uma suave luz proveniente de uma única lamparina em cima do gaveteiro. Do outro lado ficava uma porta que deslizava para os dois lados.

Depois que Nanami trancou atrás dele, gesticulou para que ele o seguisse até o outro lado e abrisse a porta. Lá estava sua piscina particular, era de tamanho mediano, com águas tão cristalinas que era possível ver o fundo. Grandes pedras contornavam, assim como grama e mais vegetação. Havia uma pequena fonte entre as pedras que jorrava água. Névoa subia, mas não ultrapassava as paredes feitas de bambu em torno da piscina que evitavam olhares curiosos. Ali podiam ouvir vozes ao longe de gente rindo e brincando, até mesmo o som de crianças.

— As famílias também vem aqui?

— Sempre. Tem quartos de vários tamanhos, até se quiser vir sozinho, pode alugar um.

— Interessante. Eu gostei! Estou louco para entrar!

— O que está esperando? — Nanami caiu na gargalhada, pois Kensuke não pensou duas vezes em se desfazer do roupão ali mesmo e pular para dentro. Mergulhou e emergiu, jogando água por todos os lados quando sacudiu seus cabelos.

— Está incrível! Venha!

Nanami ficou acanhado e olhou um pouco envergonhado.

— Nã-Não sei se é uma boa ideia.

— Não adianta ficar com vergonha de ficar nu, eu já te vi assim antes. — Parece que tinha acertado, pois as bochechas fofinhas de Nanami ruborizaram. — Vem cá.

Nanami mordeu o lábio inferior e assentiu. Pelo jeito era fácil convencê-lo quando o tratava com muito carinho. Kensuke gostava desse detalhe. Ele tirou o roupão e Kensuke precisou se levantar na parte rasa para ajudá-lo a entrar na água sem correr o risco de escorregar.

Eles afundaram com um sorriso de satisfação.

Incrível, simplesmente incrível.

— Nunca um banho foi tão gostoso.

Akai Ito 3 - Fio Vermelho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora