Capitulo Sete

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Duas Horas, faltavam exatamente duas horas para o Aniversário de cinco anos da minha preciosa filha acontecer, eu tentava manter a calma, porém, todo aquele estresse não estava me fazendo bem.

Estava no salão da minha casa, Caterine escolhia um dos vestidos nos quais eu havia separado para ela, todos simples, confortáveis e bonitos.

╴Esse! ╴Caterine exclamou, finalmente quebrando o silêncio desconfortável que tomava conta daquele lugar.

Caterine optou por um vestido verde-hortelã, com uma saia bordada que ia até a metade de suas coxas, havia um short do mesmo tom por baixo da saia.

O vestido que ela escolheu era quase uma cópia perfeita do vestido que eu havia usado em minha festa de 13 anos, que foi uma das minhas festas favoritas.

╴Ficou lindo, minha filha! ╴Disse sem conter o sorriso que se fazia em meu rosto, uma das assistentes chegou com o chá que eu havia pedido e dei uma golada no mesmo. ╴Obrigado, agora eu vou deixar Caterine com vocês e vou me arrumar, não esqueçam de se arrumarem também, pessoal! ╴Tentei ser ao menos educada, para tentar fazê-los não perceber meu nevorsismo.

Fazia três meses que eu não via a minha ex-sogra, meu ex-sogro e o imbecil do meu ex-cunhado que fazia questão de lembrar a Murilo o quanto eu era deslumbrante, e que se Murilo não fosse um bom cara, ele seria.

A ideia de encontrar esse tipo de pessoa em uma data que era pra ser especial pra mim e minha filha faz minha cabeça latejar.

𖠥

A festa já havia começado a um tempo, tempo o suficiente para os irresponsáveis da família paterna da Caterine chegar, felizmente, eles não estavam lá, ainda.

Quando menos pude esperar, avistei de longe a pessoa em que eu menos queria ver na festa: Murilo.

Ele estava com um blazer azul-celeste que estava desabotoado, por baixo estava apenas com uma blusa branca sem graça. Ele tinha uma calça que aparentava ser jeans do mesmo tom do blazer, Seu cabelo que costumava estar solto, agora estava gentilmente partido para o lado. Era pra ser uma festa familiar e ele estava de Blazer, ao contrário de mim, que vestia apenas um vestido colado, com comprimento um pouco abaixo do joelho, num tom violeta.

Murilo olhou de relance para todos ali, até que seu olhar caiu sobre mim e a minha filha, infelizmente, nossa filha. Murilo deu passos lentos e foi se aproximando de nós duas perto de uma das decorações, nos fotografando lá mesmo.

╴Oi, Thais. ╴Murilo disse curto e seco, não pude deixar de inalar o seu perfume amadeirado, que com certeza tinha sido importado de algum lugar.

╴Oi, Murilo. ╴Disse cínica e cutuquei o ombro de Caterine, chamando sua atenção e a fazendo parar de tagarelar com o fotógrafo e finalmente olhar para trás.

╴Papai! ╴Ela disse com animação e se jogou por cima do homem em que ela via como exemplo, isso de certa forma me deu um aperto no coração.

╴Oi meu amor! Você já está crescendo, está tão linda! Parabéns! Papai comprou um presente muito legal para você! ╴Murilo pegou a mão da minha filha e a foi carregando por algum canto. Murilo me abandonou grávida, e depois volta do nada querendo saber sobre a Caterine, se ele acha que eu vou sorrir amarelo e deixar ele fazer papel de Paizão, ele está enganado.

Meus olhos seguiam Murilo e Caterine, porém olhando no fundo vi quem eu menos queria ver: Matt César, em outras palavras, o irmão de Murilo...

Baby GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora