A segunda criança falou:
– Eu trouxe esta BORBOLETA – veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.A terceira criança completou:
– Eu trouxe este FILHOTE DE PASSARINHO – ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.A professora se dirigiu a ela e perguntou:
– Meu bem, por que você nada trouxe?E a criança timidamente respondeu:
– Desculpe, professora. Vi a FLOR, e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu PERFUME exalasse por mais tempo. Vi também a BORBOLETA, leve, colorida… Ela parecia tão feliz, que não tive coragem de aprisioná-la.Vi também o PASSARINHO, caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe, e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo: o perfume da flor; a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera, que só podemos trazer o AMOR em nosso coração.