AMOR E SEXO

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_ Não precisa se preocupar – o professor Marcos falava, uma mão estava no volante e a outra levemente acariciando a minha coxa – você pode ficar lá em casa por um tempo.

Aos meus pés tinha uma mochila com roupas, mesmo a contragosto minha mãe me autorizou a pegar algumas mudas de roupa, e mesmo com o professor tentando convencê-la a devolver o cartão da pensão do meu pai, que embora partido ao meio deveria funcionar, ela alegou que se eu quisesse ser viado então seria viado com meu próprio dinheiro e não com o dela.

Eu não abri a minha boca em nenhum momento desde que a Larissa me colocou no carro do professor e ensinou o meu endereço, na esperança que ele convencesse minha mãe a me aceitar de volta, permaneci calado enquanto ele conversava com a minha mãe, e quando o Rafael foi levar o Jr para a escola, e mesmo no caminho até a casa do professor Marcos com a mão dele na minha coxa.

Sabia que o professor Marcos era casado, mas me assustei quando ele me apresentou a mulher que eu achava ser a mãe dele como esposa, mas a mulher foi muito simpática e me acomodou no quarto que foi do filho deles, agora casado e com casa própria. A casa deles era até grande, com uma sala grande e cozinha espaçosa, e com quartos maiores que o necessário, que tinham construído ao longo dos anos como professores, e pelo que consegui entender aquele era a única tarde da semana em que ambos não tinham nenhuma turma, já que trabalhavam fixos em escolas pela manhã, mas tinham turmas de tarde em outras escolas.

Almocei calado e fingi passar a tarde estudando para me manter distante dos dois, que aparentavam ser muito apaixonados mesmo depois de muitos anos de casados, na janta também permaneci calado apenas balançando a cabeça e dando sorrisos quando me incluíam na conversa, mesmo a dona Alice recusando eu fiz questão de lavar a louça, e o professor ficou para guardar enquanto ela ia tomar banho.

Não tinha tanta louça assim, e terminei rápido para voltar a me recolher no quarto, mas fui interceptado pelo professor que estava me encarando.

_ Eh, professor...

_ É difícil me controlar te vendo assim – ele falou pegando na minha cintura e apertando – você sabe que é muito bonito né? Poderia aproveitar...

_ Professor o que o senhor... – comecei a falar com o coração batendo forte, olhando ao redor e tendo certeza que a mulher dele iria aparecer ali.

Ele triscou nos meus lábios com os dedos e ficou acariciando inclinando minha cabeça pra cima, por algum motivo eu fiquei na ponta dos pés.

_ ...e não esquece de pegar uma cópia das chaves – falou ele de repente dando um passo pra trás, enquanto a esposa dele passava por nós com uma toalha enrolada no cabelo.

_ Tem uma cópia dentro daquela tigela amor – falou ela sem perceber o que tinha acontecido ali minutos antes, e sem perceber que eu estava tremendo e com o coração disparado.

Mas o professor percebeu que eu estava excitado.

Tinha uma chave na porta do meu quarto, mas por algum motivo resolvi deixar a porta destrancada, e fiquei apenas de cueca quando fui me deitar, o sono demorou a chegar, mas acabei adormecendo.

_ Nem com o professor conversando com ela? – perguntou a Larissa abismada assim que fomos pro intervalo e tive tempo de contar pra eles o que tinha acontecido – se eu encontrar sua mãe na rua vou dar uma surra nela.

_ E o professor tentou alguma coisa? – perguntou o Alisson, que ainda estava muito envergonhado e não me encarava nos olhos, mais cedo ele tentou me oferecer dinheiro, que eu recusei ofendido deixando-o ainda mais envergonhado.

TUDO VAI DAR CERTOOnde histórias criam vida. Descubra agora