BUMBUM DE OURO

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O meu primeiro mês no ofício fechou com um saldo positivo, segundo a Débora nem todos os garotos passavam do primeiro mês, e eu já tinha atendido três clientes vip's e estava indo atender novamente o meu primeiro vip.

Depois de um mês convivendo e ouvindo as histórias mais cabeludas dos meus colegas de profissão, fui para o encontro com a mente mais aberta, afinal me comer adormecido era de longe o fetiche menos estranho, comparando com um cliente do Ronaldo que tinha tesão em mijar nele, ou um homem que o Marcel atendia que dizia ver espíritos e no meio do sexo mandava a avó fechar os olhos, então depois que acordei não fiz nenhuma cena, mesmo sentindo uma coisa pegajosa no meio das minhas pernas.

_ Você já foi pra Noronha? – meu cliente perguntou assim que me viu acordado.

_ Não – respondi me levantando e indo para a sacada, sem dar importância para o fato de estar nu.

Fiquei esperando-o me seguir, mas quando olhei para trás ele estava mexendo no celular, então me encostei na barra gelada do guarda-corpo e fiquei sentindo o vento frio no meu corpo.

_ Tem mensagem pra você – me assustei com ele falando atrás de mim e entregando meu celular, enquanto eu abria o aplicativo sentia-o beijando minha nuca.

_ O que é isso? – perguntei me virando e com a tela do celular apontada pra ele, onde aparecia um voucher de passagem aérea em meu nome.

_ Um presente – ele respondeu sorrindo e tocando no meu queixo, provavelmente se ele fosse me beijar naquele momento, eu iria acabar cedendo.

_ Mas... – gaguejei tentando me controlar, mas claramente com um sorriso de felicidade no rosto – acho que preciso pedir da dona Marta.

_ Já resolvi tudo – meu cliente falou me puxando e se ocupando com o meu pescoço.

Claro que ele tinha falado com ela, de que outra forma ele teria conseguido meu telefone e meus dados para comprar uma passagem em meu nome? Ele me virou e começou a beijar meu bumbum.

Dormi no hotel com ele, se bem que fizemos várias coisas menos dormir, por que ele tinha um desejo insaciável e eu uma viagem pra Fernando de Noronha, teria continuado tranquilamente, mas ele tinha uma reunião na empresa, segundo ele deveria ter chegado na cidade, ido direto pra reunião e voltado, mas fez questão de chegar no domingo para ficar comigo.

Fui direto para a escolha, colocando o uniforme dentro do Uber sobre olhares curiosos do motorista, mas engoliu quando eu disse que era filho do gerente do hotel.

_ Você não vai falar com eles? – perguntou o Samuel depois que percebeu que eu estava olhando mais em direção dos meus ex-amigos do que para a professora.

_ Não – suspirei apoiando meu queixo na mão, queria muito falar para eles sobre minha viagem, estava muito feliz em poder entrar no avião pela primeira vez, em ver o mar pela primeira vez e queria compartilhar com alguém, olhei para minha nova dupla, abri a boca e fechei por que não era a mesma coisa, mesmo assim não iria dar o braço a torcer sendo o primeiro a falar com os dois.

Se bem que meu ex-squad estava praticamente decretado extinto, já que nos últimos dias a Larissa era vista andando com o primo do Alisson no intervalo, e este último conseguia simplesmente sumir das vistas de todo mundo sempre que o sinal tocava, suspirei mais uma vez e me obriguei a prestar atenção na aula por que precisava de um milagre pra conseguir passar em quase a metade das matérias.

_ Quem ganhou uma viagem de presente do cliente? – o Rex perguntou alto o suficiente para ser ouvido por todos os garotos que estavam almoçando.

TUDO VAI DAR CERTOOnde histórias criam vida. Descubra agora