- Um; Born To Kill -

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— Você tem certeza disso? - a mulher de longos cabelos preto azulados questionou sua informante ao telefone.

Sentada em uma cafeteria moderna de ambiente familiar com luzes suspensas e mobiliários em tons de preto e marfim, em frente ao apartamento em que morava naquela manhã fria e cinzenta, Marinette Dupain-Cheng segurava em suas mãos o papel contendo o nome da próxima pessoa que deveria eliminar;

Chat Noir.

— Ele está atrás de você Ladybug. O assassinato do Diplomata inglês semana passada chamou atenção demais. Também não é como se você não fosse mirada pelo serviço secreto inglês há anos. - do outro lado da linha a agente soltou uma risada. Afinal, enganar uma associação governamental era prazeroso demais para ela.

A mulher mexeu no papel esfregando-o nos dedos como se estivesse entediada. Não era algo novo ser chamada para missões perigosas como aquela. Os nomes naqueles papéis que ela recebia há tempos demais não significavam muita coisa, apenas números em sua conta vermelha como o sangue que ela derramava em nome de algo maior.

— Eles sabem quem eu sou? - a voz soou tranquila. Ela encarou a xícara de café quente em sua frente.

— Não. Bunnix está lá dentro e me garantiu que não há informações sobre sua verdadeira identidade, apenas o seu nome falso; Bridgette. Isso nos dá liberdade pra trabalhar. Por isso acham que você está sendo designada pra um serviço qualquer pra eliminação de gângsters da área. Será uma ótima armadilha pra pegar Chat Noir.

Marinette suspirou, olhou para a janela extensa da cafeteria que lhe dava uma visão privilegiada das tranquilas ruas parisienses, reflexiva.

— Eles descobriram que fui eu a responsável. Alguém de dentro da Miraculous abriu o bico.

— Não esquenta com isso, LB. Quem dedurou você já nem respira mais. Fu não tolera traições. Além do mais, há males que vêm para o bem. Pegar esse espião nunca foi tão fácil.

— Não subestime seus inimigos, Rena Rouge. Você sabe que eu já o enfrentei há alguns anos, mal consegui ver seu rosto. Ele é bom no que faz. Se não, não seria o mestre do disfarce, como um verdadeiro gatuno.

— E você é a melhor assassina em anos da Miraculous. E ainda tem o fator surpresa do seu lado. Não tem como dar errado.

— Não se esqueça, Rena. Esse é o meu último trabalho como Ladybug. Eu já paguei a minha dívida. Por mais que nunca tenha sido obrigada a ficar, eu jamais seria ingrata por tudo o que fizeram por mim.

— Eu sei, eu sei. Você foi de grande valia para o Mestre Fu, LB. Você cresceu tanto dentro quanto fora daqui, a melhor assassina de todos nós e uma estilista renomada.

Marientte ouviu o telefone ser desligado. Ela olhou para a tela do celular, pensando que a ligação havia caído.

— Você cresceu bem, Marinette. - a mulher de olhos acastanhados com belos cabelos amarronzados de pontas ruivas, sorriu para a franco-chinesa, com o celular ainda no ouvido.

A mestiça sorriu nem um pouco surpresa com a presença de Alya Césarie em sua frente. A francesa sentou-se de frente para ela. Guardou o celular no bolso do sobretudo.

— Tá fazendo o que aqui? Pensei que não fosse um bom momento pra que nos vissem juntas. - indagou com um sorriso discreto.

— Deixa disso, Marinette! Ninguém sabe quem nós somos. E eu quero um tempo em paz com a minha melhor amiga, como se a gente vivesse normalmente. - ela jogou o corpo para trás na cadeira, relaxando.

— Uma vida normal não é bem exatamente o que nós temos. - ela desviou o olhar para a janela, bebericando o café.

A Césaire soltou uma risada debochada, retirando os óculos de grau que usava o soltando na mesa.

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