Marinette bateu com força na porta, vendo Alya a abrir com uma feição irritada.
— Você não ouve quando eu disse; já vou? - a Césarie apareceu trajando um pijama preto de calça comprida e mangas longas.
A Dupain-Cheng passou por ela apressada adentrando o apartamento pequeno.
— Eu tô atrasada, Alya!
A mulher ajeitou os óculos no rosto, fechando a porta.
— Me fala uma novidade?! Também não é como se Chat Noir fosse chegar lá e ir embora se não te visse.
A franco-chinesa adentrou o recinto, passou pelos corredores, abrindo a última porta ao final, com pressa, sendo seguida pela amiga.
O recinto comum, transformado em um escritório pela Césaire por seu trabalho de fachada como jornalista, parecia normal e sem graça, acompanhado pelo amontoado de folhas e documentos sobre a mesa, colada à parede da frente, um livreiro e um espelho emoldurado médio ao lado.
Alya encostou no batente da porta.
— Ele vai saber que é uma armadilha se eu não estiver lá antes dele. - Marinette explorou o lugar, se aproximou do espelho tocando com o polegar o canto inferior esquerdo do objeto.
Em um clique o espelho abriu, revelando o compartimento secreto de armas de variados tipos: pistolas, facas de diversos tamanhos, munição, explosivos de médio e pequeno alcance, bombas de gás e uma besta da mais alta tecnologia.
— Esse tempo como mãe amorosa e esposa perfeita afetaram sua cabeça. Chat Noir certamente já sabe, Marinette. Ele é bom no que faz como você mesma disse.
A mestiça bufou contrariada sem respondê-la. Ela pegou o armamento necessário, o qual usaria em combate.
— Além do mais, Marinette, eu ia ficar agradecida se você levasse suas armas e o seu equipamento pra fora do meu apartamento, não aguento mais acordar de madrugada pra abrir a porta pra você vir aqui se arrumar. - a mulher bufou, os ombros caíram cansados, e ela esfregou os olhos já pesados de sono. - Aproveita que essa é sua última missão e se livra dessas coisas logo, tá tudo ocupando espaço dos meus equipamentos. Desde que você se casou e se mudou, eu que tenho trabalho pra arrumar tudo isso.
A Césaire gesticulou com desdém indicando o cômodo bagunçado.
Marinette a encarou de relance antes de virar o rosto e se concentrar em armar a pistola Glock G19 de calibre 9mm, a qual segurava.
— Eu disse a você que poderia deixar a chave comigo pra não te incomodar. - ela sabia que a Césaire tinha sono leve e acordaria de qualquer maneira. - Além do mais, você sabe, não posso manter esse tipo de armamento dentro da minha casa, perto da minha filha, correndo o risco dela se machucar e Adrien descobrir. - pronunciou enquanto testava e avaliava a arma, apontando para a frente verificando a própria mira. - Mas relaxa, vou devolver tudo pra Miraculous quando eu terminar. Ladybug morre hoje. - encarou Alya com o olhar determinado, travando a pistola em um clique.
A francesa bocejou sonolenta.
— Assim eu espero.
Ela andou até o livreiro, tateando o topo do móvel, até sentir um pequeno relevo na superfície, o qual pressionou por alguns segundos.
Alya se afastou vendo o livreiro ser empurrado para frente mecanicamente, abrindo caminho para uma sala escondida.
— Pronto. Agora é melhor você trocar de roupa. Não acho que vai ser muito adequando você lutar de vestidinho preto. - olhou a amiga de baixo para cima, erguendo uma sobrancelha provocativa. - Se bem que você poderia usar isso como distração, aposto que ele ficaria encantado, com esse seu armamento pesado.
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Kill or Die
FanfictionMarinette sabia que não poderia esconder para sempre seu trabalho escuso como a famosa assassina, Ladybug. E aquilo se confirmou uma verdade incontestável quando ela é chamada para um novo serviço contendo um único nome; Chat Noir. Um espião ingl...