Adrien parou o carro em um beco insalubre e qualquer do subúrbio parisiense, um quarteirão antes do galpão onde deveria encontrar Ladybug. Pegou as armas dentro do porta-malas; munição, pistolas, bombas de médio e pequeno alcance caso fossem necessárias. O Agreste definitivamente não usaria facas, aquilo seria cruel demais até para ele.
Caminhou pelas ruas vazias, sentindo o sereno da noite lhe atingir. A névoa densa serpenteava os arredores com melancolia. O rapaz observou com cuidado os arredores; a luz baixa dos postes e o ambiente silencioso lhe davam a sensação de perigo iminente.
Com as mãos no bolso do sobretudo, ele parou de frente para o galpão de porta de ferro oxidado.
Chat Noir adentrou o local inabitável de pé direto alto. As colunas de sustentação cimentadas descamavam, podendo ver as vigas interiores. As infiltrações no teto pelas goteiras sobressalentes em todo ambiente, as luzes de um brilho incessante e o cheiro de mofo desagradável, o fizeram desejar dar meia volta e ir embora.
Aquele lugar definitivamente viria abaixo a qualquer momento.
Sem dar mais um passo para frente, Chat Noir parou quando o corpo tensionou ao se arrepiar. Sabia que seus instintos estavam lhe alertando que algo estava errado.
Infelizmente, ele estava certo.
O zumbido da lâmina afiada chegou aos seus ouvidos, tão logo aos seus olhos quando virou a cabeça com rapidez desviando daquele ataque.
A ponta da adaga afiada fincou na parede da frente.
O espião rosnou com raiva. Ladybug e sua maldita preferência por armas brancas. Ele maneou a cabeça. O que poderia esperar de uma assassina a sangue frio com prazer pela carnificina. Ela nitidamente gostava de sujar as próprias mãos de sangue.
Naquela fração de segundo, ele pensou que não deveria julgá-la, talvez sua lista de mortes fosse ainda maior que a dela.
— Ora...ora...ora...Chat Noir. Não posso dizer que é um prazer revê-lo.
O espião se virou encarando-a mais à frente, a uma boa distância com deboche. A aba do chapéu protegia sua identidade, assim como o capuz que ela usava.
— Posso dizer o mesmo de você, Ladybug. - ele cruzou os braços. - É sempre um desprazer, claro.
— Não seja tão rude, gatinho... - a voz sedutora ecoou pelo ambiente. - Vamos terminar o que começamos há anos atrás. - a assassina caminhou a passos lentos e arrastados para perto do homem. Ela parou no meio do caminho.
Chat Noir reparou no tom que ela havia utilizado para dizer aquilo; parecia, talvez, até...incomodado?
Ele soltou o ar pela pela boca deixando o pensamento para trás.
— Vamos acabar logo com isso. - descruzou os braços.
Ladybug sorriu ladina.
— Tudo bem, o gatinho tem pressa hoje. Então...Vamos começar.
Ele sabia o que viria a seguir. O ataque de Ladybug o mataria certamente. Chat Noir acessou a arma no coldre com rapidez apontando para ela. Não foi surpresa alguma vê-la apontando em sua direção a pistola.
Previsível.
O loiro olhou para cima na direção da luz suspensa abaixo de Ladybug. Em um movimento veloz ele atirou na corrente que prendia a luminária em más condições.
A assassina saltou quando o disparo foi feito e o estalo metálico ecoou, protegendo-se atrás da uma pilastra, assim como ele.
Maldito gatuno!
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Kill or Die
FanfictionMarinette sabia que não poderia esconder para sempre seu trabalho escuso como a famosa assassina, Ladybug. E aquilo se confirmou uma verdade incontestável quando ela é chamada para um novo serviço contendo um único nome; Chat Noir. Um espião ingl...