- Sete; When The Masks Fall -

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Ela arrastou o próprio peso para trás afastando-se dele, jogando a faca para longe, ao encolher o corpo.

Não! Ela jamais o mataria. Nunca poderia matá-lo.

Adrien notou o estado de torpor e fragilidade que Ladybug se encontrava logo após ver seu rosto.

Qual era o motivo?

Aquele era o momento perfeito para seu golpe final, mas porque ele não conseguia? O que o fez se levantar e ir ao encontro da mulher que tremia dos pés a cabeça?!

Segurando o braço dela, Chat Noir puxou o capuz de Ladybug para trás de maneira exasperada.

— Marinette...?

A voz baixa e sussurrante fê-lá encará-lo com o olhar azul brilhante pelas lágrimas que corriam pelo rosto descontroladamente.

Aquilo era demais para ele digerir, para que ambos entendessem.

Por que? Por que era ela? Por que tinha que ser ela?

— A-Adrien...

Ela fungou ao soltar o choro preso na garganta, enquanto ele ainda parecia surpreso.

Mas o que Marinette menos esperava que Adrien fizesse quando descobrisse toda a verdade, ele o fez, a abraçando com toda força por impulso.

Era Marinette afinal, a mulher que ele jurou amar e proteger por toda a vida.

— Eu não posso matar você! - ela gritou, batendo em seu peito. - Não posso! Quando eu só queria voltar pra você! - agarrou-se ao a ele abraçando o corpo do maior

E foi aí que ele entendeu. A troca que ambos haviam feito em suas respectivas organizações, uma última missão pela chance de uma vida normal.

Ela murmurou pedidos de desculpas, mas no que Adrien deveria perdoá-la? Por ter omitido aquela verdade? Por ser uma assassina? Quando ele também havia feito a mesma coisa, escondendo em parte quem era.

Ele mal poderia dizer que se sentia traído. Talvez, apenas machucado pelos segredos que ambos guardavam.

E por mais que o conflito entre eles fosse iminente, o Agreste acreditava fielmente quem era Marinette Dupain-Cheng, sua história e a mulher que conheceu e amava.

Ainda era a mesma pessoa com um passado obscuro.

Porque ele entendia, porque ele era exatamente como ela sem tirar nem por. As mesmas cicatrizes, as mesmas feridas que jamais fechariam.

Era marcado como ela, e nunca poderia julgá-la por aquilo, porque se pudesse, jamais lhe diria sobre seu passado, sobre sua profissão, porque ele a protegeria daquele mundo sombrio, sem saber que ela também fazia parte daquilo.

— Marinette, olha pra mim.

A mulher balançou a cabeça apertando os olhos. Adrien segurou seu rosto com as duas mãos obrigando que ela o olhasse.

— Olha pra mim, Marinette! - o tom da voz se tornou desesperado. - Eu sei que isso é horrível. Eu também tô com medo, mas eu não vou te fazer mal, eu nunca poderia...não você. - curvou o corpo, aproximando mais o rosto do dela. - Não importa qual o seu passado, quem você foi, como você entrou nisso. Eu conheço a mulher com quem eu me casei e isso não vai mudar. O que eu sinto por você não vai mudar. - ele suspirou, soltando Marinette. Jogou a cabeça pra trás alisando os fios loiros. - Eu também omiti quem eu era, eu também evitei isso, por isso eu te entendo. Eu entendo tudo! Se pudesse você jamais saberia sobre essa verdade que eu tanto escondi, porque eu quis te proteger e quis uma vida normal ao seu lado, ao lado da nossa filha. Eu queria amar e ser amado pelo menos por uma única vez.

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