A madrugada avança como neblina sorrateira, quieta, fria, silenciosa, sinalizando a batida de cada pensamento a medida em que abraça os corações vazios, e a paixão, que é menina criança, te puxa e te pede uma dança, só mais uma antes de tudo ficar silencioso novamente, e você por medo do beijo da solidão aceita, porque toda escuridão antecede o estar consigo mesmo e não há dor maior que enfrentar a cruel dor de aceitar quem se é, de descobrir o segredo e já não ter pelo o que seguir pulsando, então você se faz criança de novo e aceita a paixão mais uma vez.
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Hoje eu lembrei de quando você passou na minha rua
ŞiirPoesias, crônicas, reflexões da solidão, do amor e das coisas.