Rendidas Pela Máfia

|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 33

𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

Chegamos à boate, um enorme clube em Chicago, um dos muitos que possuíamos pela cidade, locais que contribuíam para a comercialização e distribuição de drogas, mas que, infelizmente, estava cada vez mais visados pelos policiais.

Esperei até que o soldado que estava sentado ao lado do Kevin se levantasse e desse a volta no carro para abrir a porta para mim e para os meus irmãos.

Seguimos lado a lado até nos juntarmos ao Ian, que estava nos esperando na entrada do estabelecimento, junto com uma mulher de cabelos lisos e uma corpo cheio de curvas, num vestido que não tampa nada, percebo David ficar encomodado ao meu lado.

- Eai Hugo, quanto tempo cara - Ian fala me dando um tapinha no ombro.

- Poisé, você sumiu - Ian era um amigo da família - Mas vejo que estava bem acompanhado.

- Quem dera, conhece ela ontem. Ela é a nova secretaria do seu irmão.

- Er... Olá, muito prazer. Me chamo Hanna - fala estendendo a mão - E feliz aniversário - fala quando pego a sua mão.

- Obrigado.

Entramos na boate, era uma sábado à noite, mas o lugar estava lotado, principalmente de jovens, a maioria consumidora dos produtos ilegais que comercializávamos ali. Os próprios clubes por si só eram uma ótima forma de lavar dinheiro.

Declarávamos a quantia arrecadada com atividades ilícitas como se fosse provinda da venda de ingressos, bebidas ou comida, assim não havia como as autoridades questionarem.

A batida da música ecoava no fundo da minha cabeça e me fazia recordar porque nunca fui um grande frequentador dos clubes, mesmo quando mais jovem. Por mais que eu gostasse muito de rock com notas e graves pesados, era outro estilo.

- Vamos! - Ian caminhou na minha frente, pondo a mão na cintura da tal de Hanna, enquanto, os meus irmãos e os soldados seguiam atrás de nós.

Subimos as escadas e fomos até uma área vip que ficava num mezanino, com menos pessoas, barulho e fumaça. Lá havia duas mesas com cadeiras, algumas poltronas e sofás.

Os convidados estavam espalhados pela boate, deixando a área vip mais para nós mesmo. Sentei num sofá e o Dylan se acomodou ao meu lado. Ele estalou os dedos das mãos e depois o pescoço.

- Não gosta de boates? - Ian pergunta.

- Sabe que eu gosto, mas também sabe o quanto fico tenso em lugares com mais desconhecidos do que posso contar.

- Não é o único.

Um garçom se aproximou e nos serviu bebidas. Eu dispensei com um movimento de cabeça e Dylan fez o mesmo. Ian, foi quem pegou um drink, já que o David não parava de encarar a mulher que estava do lado do Ian toda encolhida.

- Vocês são uns chatos. É o seu aniversário, Hugo - apenas fiz que sim e espichei o meu corpo contra o encosto do sofá.

Não era como se eu não gostasse do sabor do álcool e repulsasse a bebida. Entretanto sabia que não poderia baixar a guarda, nem no dia do meu aniversário. Tinha inimigos suficiente para não estar disposto a contar com a sorte.

[...]

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