𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 49✍︎

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𝑷𝒊𝒍𝒍𝒂𝒓 𝑴𝒆𝒏𝒅𝒆𝒔

— Pillar, eu trouxe comida. Espero que ainda não tenha jantado — Giulia apareceu na entrada da sala e me encarou — O que aconteceu para estar com cara de espanto?

Fiquei em um dilema se contava para ela ou não sobre o que havia acontecido, mas decidi que era melhor ficar calada, pois eu não iria ter como provar nada.

— Eu estava limpando a arma e ela acabou disparando.

— Você não presta atenção em nada mesmo, não é?! — Ela falou rindo.

— Poise.

— Me dá isso aqui! — pegou a arma da minha mão.

— Vai acabar se machucando. Está para nascer uma agente mais desastrada do que você.

— Giulia, foi só um disparo acidental.

— O próximo disparo acidental pode levar você para um hospital ou algo pior.

— Tabom — falo revirando os olhos — Vai servindo a comida enquanto tomo um banho — ela assenti, e vai para cozinha.

Vou para o meu quarto, termino de tirar as minhas roupas e entro no banheiro. Depois de alguns minutos saio do banheiro, visto uma roupa e vou para cozinha aonde encontro a Giulia mexendo no celular.

— Vamos comer.

— Okay! — concordou ela.

Nós servimos. Coloquei o meu prato, arrumei as marmitas de comida mexicana e me sentei do outro lado da mesa. Enquanto jantávamos, eu não conseguia pensar no que havia acontecido e no quanto era absurdamente errado eu ter gostado do toque do Hugo.

𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

Quando ouvi o barulho, eu saí pela janela da mesma forma que havia entrado sem que ela notasse. De relance, eu vi ela, Hanna, ela não era a secretária do David? O que ela estava fazendo aqui? Que merda tá acontecendo?

Já era complicado a Pillar ser uma agente do FBI, agora descobro que a tal de Hanna está envolvida com ela. A parte racional de mim gritava para que eu seguisse os conselhos do Dylan e me livrasse dela, mas ter ficado frente a frente com ela mais uma vez tornou ainda mais difícil.

Eu queria que fosse mesmo só uma prostituta com quem eu pudesse trepar feito uma animal toda vez que me desse vontade. Era completamente impossível ter esse tipo de envolvimento com ela, ainda mais com minha inimizade pessoal com o FBI pelo que havia acontecido com os meus pais.

Acelerei a minha moto, ziguezagueando por entre os carros na rodovia. Esquivei-me de um automóvel e passei ao lado de um caminhão que estava saindo de uma garagem, minha roupa raspou na lataria do veículo e provocou algumas faíscas. Me envolver com uma federal era tão perigoso quanto estar pilotando essa moto a quase duzentos quilômetros por hora em Manhattan.

Diminui a velocidade ao me aproximar do portão da casa onde morava. O sistema leu um sensor na minha moto e o abriu, permitindo a minha passagem. Estacionei na garagem e tirei o capacete.

— Onde você estava? — não demorou muito para que o Dylan aparecesse na minha frente. Ele era o mais precavido de nós e era óbvio que questionaria a minha ausência.

— Fui só espairecer.

— Sozinho?

— Precisava de uns minutos.

— Hugo, até parece que você não sabe que temos mais inimigos do que podemos contar. Se um deles pega você sozinho...

— Estou aqui — bati com o capacete no peito dele e Dylan o segurou — Só dei uma volta e retornei em segurança.

Abri a jaqueta pesada e preta que estava usando. Mais do que uma proteção para a moto, o tecido era a prova de balas, assim como o meu capacete. Dylan poderia até reclamar da minha imprudência, mas eu não era completamente idiota e sabia muito bem dos riscos de sair sem escolta. Contudo, para o que pretendia fazer, eu precisava ser como um fantasma.

Entro no meu escritório e já vou pegando o meu celular, preciso saber de uma coisa urgentemente:

-Boa noite chefe — Pedro fala do outro lado da linha.

-Pedro quero que investigue alguém para mim.

-So falar quem.

-Só sei o primeiro nome dela, Hanna, o resto você consegue na rede da empresa de Tecnologia.

-Que estranho.

-O que?

-O David pediu para mim descobrir algumas coisas sobre essa tal de Hanna.

-Ele pediu?

-Sim, falou que era urgentemente.

-Ok, quando descobri alguma coisa me avisa.

[...]

Rendidas Pela MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora