|•𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 36

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𝑯𝒖𝒈𝒐 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂𝒍𝒆𝒔

Escorreguei a mão pelo rosto da Camila e contornei sua bochecha até segurar a sua nuca. Ela soltou um suspiro que me excitou, fazendo-me puxá-la na minha direção e a beijei.

Minha língua mergulhou na sua boca enquanto minha mão ia até a sua cintura fina, pressionando o seu corpo contra o meu. Senti o seu coração palpitar ao pressionar o seu peito no meu.

Ela tinha um sabor doce e lábios muito macios. Era a melhor boca que eu havia beijado, ou talvez eu só estivesse me sentindo solitário demais nos últimos dias.

Apertei a sua cintura e ela gemeu contra os meus lábios. Me levantei, carregando a prostituta para um sofá preto encostado em uma quina, num canto afastado de olhos curiosos, para que os outros no espaço não assistissem o que eu estava prestes a fazer.

Puxei a Camila para o meu colo e a acomodei sobre a minha ereção. Subi com a mão, percorrendo seu ombro até tocar o seu pescoço e jogar o cabelo para trás.

Movi os lábios na direção da sua orelha e estava prestes a perguntar se ela tinha camisinha, quando percebi que havia algo na sua orelha. Puxei a escuta e ela me afastou pelos ombros, saltando do meu colo e quase tropeçando nos próprios saltos.

- O que é isso? - levantei, ficando de pé diante dela.

- Me dá! - ela tentou puxar da minha mão e eu segurei o seu pulso.

Com a agilidade de um felino, ela se esquivou do meu agarre e empurrou o meu peito. A força do golpe aplicado me surpreendeu. Ela era leve e pequena demais para exercer tanta pressão.

Me encarou enquanto eu segurava o outro pulso, depois girou no ar e acertou com o pé a boca do meu estômago, fazendo com que eu caísse sentado no sofá. Fui pego completamente de surpresa, pois não esperava que uma prostituta estivesse usando uma escuta e muito menos soubesse lutar.

Levantei-me rapidamente, projetando o meu corpo para frente e ela tentou me acertar um golpe de direita, mas eu me esquivei facilmente; dessa vez estava preparado e ela não me atingiria tão fácil. Esquerda e um cruzado, desviei-me de todos, mas ela era bem mais ágil do que eu esperaria para alguém na sua posição.

Meus homens se deram conta do que estava acontecendo e apontaram as armas para a mulher que estava tentando lutar comigo, mas nenhum deles atirou, pois ela estava perto demais e corria o risco de me atingir.

Além disso, enquanto ficasse apenas em socos e chutes não havia nenhum perigo de me matar de verdade. Tentei segurá-la, mas ela se esquivou, dando passos cambaleantes para trás que deram a ela uma distância confortável de mim.

- Quem você é de verdade? - questionei.

Ela não respondeu, recuando ainda mais ao notar todas as armas apontadas para ela. Tentou correr e eu levantei a mão, impedindo os meus homens de atirar, antes que eles a furassem de balas diante dos meus olhos.

- Deixem-na ir.

A mulher me olhou mais uma vez antes de descer correndo a escada da área vip e desaparecer em meio a pequena multidão no andar debaixo.

Meus homens e o segurança do espaço me olharam confusos. Certamente estavam se perguntando por que eu a havia deixado sair viva, e não eram os únicos com a mesma dúvida.

Uma mulher havia conversado comigo, flertado, sentado no meu colo, depois lutado e saído correndo, e não fazia ideia de quem era ela.

𝑷𝒊𝒍𝒍𝒂𝒓 𝑴𝒆𝒏𝒅𝒆𝒔

Saí correndo para fora da boate com o coração acelerado e a respiração descompassada. O fôlego parecia ter fugido completamente dos meus pulmões, ainda que eu praticasse exercícios com frequência para manter meu condicionamento físico.
Subi na minha moto e sai desparada pela avenida, me previnindo pra que ninguém estivesse me seguindo.

[...]

Insta: autora.marianasihlva

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