365 DNI - Sariette

Ciúmes?

Chegamos no aeroporto, o motorista abriu a porta para a mulher de preto, enquanto eu enfiava na bolsa as coisas que, por acaso, caíram no assento, Sarah contornou o carro, abriu a porta do meu lado e me deu a mão.

Quando saí ela pegou discretamente na minha bunda, olhei para ela que apenas sorriu levemente, colocando sua mão nas minhas costas, me levando para o terminal.

Nunca fiz um check-in tão rápido, durou o tempo de atravessar o prédio até o portão de embarque, depois que saímos para o pátio do aeroporto, outro carro nos pegou e nos levou até as escadas do pequeno avião.

Quando ficamos diante da escada, me senti mal, o avião parecia minúsculo, como um tubinho com asas, eu tinha problemas em voar em aviões pequenos, como aquele na minha frente.

"Suba na escada", escutei atrás de mim.

"Nada disso, Sarah, não vou conseguir"

"Você não me disse que a gente ia voar numa casquinha de noz, eu não vou entrar ali." Fiquei histérica e tentei voltar pro carro.

"Juliette, não faça uma cena, porque se não vou pôr você lá dentro à força", disse com raiva, mas eu não conseguia dar um passo.

Sem perder tempo, a mulher de preto me pegou pelos braços, e apesar de eu gritar implorando e de agitar meus braços, me enfiou pela entrada minúscula do avião.

Gritou alguma coisa em italiano para o piloto, que permanecia no topo da escada e tentava nos cumprimentar, e a porta do avião se fechou.

Eu estava apavorada e meu coração martelava de um jeito que eu não distinguia meus próprios pensamentos, por fim Sarah me soltou.

Logo que meus pés tocaram o chão e ela se afastou de mim, dei um tapa forte na sua cara.

"O que você está pensando, sua puta?! Me deixa sair, eu quero ir embora!", gritei apavorada e corri em direção à porta.

Ela me pegou pela segunda vez e me jogou no sofá de couro branco, que ocupava quase todo um lado da aeronave, me pressionou com seu corpo, de modo que eu não conseguia me mexer.

"Vai à merda, Sarah!" Eu continuava a gritar e xingar.

Para me amordaçar, ela enfiou a língua pela minha garganta, mas dessa vez eu não tinha vontade de me divertir, e logo que ela entrou em mim, mordi com força.

A mulher de preto saltou para trás e levantou a mão como se quisesse me bater, fechei os olhos e me encolhi à espera do tapa, quando os abri novamente, reparei que ela estava tirando o cinto da calça bruscamente.

Ah Deus, o que será que ela vai fazer?, pensei.

Comecei a empurrar nervosamente os calcanhares pelo chão, até que finalmente com um movimento rápido, puxou o cinto de couro da cintura.

Ela tirou o paletó devagar e pendurou no encosto da poltrona que estava do seu lado, seus olhos faiscavam e sua mandíbula se apertava ritmicamente.

"Sarah, não, por favor... eu..." eu dizia palavras inconclusas.

"Fique de pé" ela disse, e quando não reagi ela gritou "Fica em pé, porra!"

Apavorada saí do lugar.

Ela veio até mim, segurou o meu queixo levantou para que eu a olhasse nos
olhos.

"Agora você vai ter seu castigo Juliette, eu te avisei pra não fazer isso, estique os braços"

Ainda olhando para ela, segui as ordens.

Ela me pegou pelos pulsos e me amarrou com o cinto, quando terminou, me colocou na poltrona e fechou o cinto
de segurança.