Por mais que tente esquecer, certas coisas nunca ficarão apenas no passado.
Carmella Willis e Eddie Munson tiveram um breve e ardente relacionamento que foi interrompido por preconceitos externos fúteis sobre a visão da sociedade. Sendo Carmella fil...
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Foi a dois anos atrás, em uma noite estrelada e quente. Carmella havia dito para os pais que faria um trabalho na casa de uma amiga e de lá iria para a escola pela manhã.
Na verdade, estava no trailer de Eddie, deitada na cama enquanto escutava ele afinar a guitarra. Estava lembrando do dia em que se conheceram.
— Você estava afinando uma guitarra da sala de música do colégio quando eu te vi pela primeira vez. — Carmella comentou.
— Impossível esquecer já que você não foi nem um pouco discreta olhando pela janela. — Eddie falou e riu enquanto depositava a guitarra no lugar e deitava ao lado de Carmella.
— Ah, para. É que você estava tão concentrado e eu achei aquilo tão legal. — Carmella retrucou. — E eu fiz muito bem em ficar te olhando, até porque hoje você toca exclusivamente para mim. — Ela virou-se na cama e escorou os braços e o queixo no peito de Eddie. Ele acariciou sua bochecha. — Eu fiquei muito feliz quando você me convidou para ir no fliperama.
— E eu fiquei muito feliz de ter convidado, apesar de não ter nenhuma certeza de que o fliperama fosse um bom encontro. — Eddie beliscou a bochecha dela. — E eu adorei quando os pensamentos de você assim pertinho de mim se tornaram realidade. — Carmella corou e escondeu o rosto no peito de Eddie. Ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou: — E eu acho que estou me apaixonando por você... Cada vez mais.
Carmella levantou a cabeça praticamente em choque. Sim, sempre quis a confirmação de que Eddie gostasse dela tanto quanto ela gostava dele, mas não esperava que viesse agora.
— E-eu... — Tentou falar, mas sentiu a garganta seca. Respirou fundo e tentou novamente: — Eu também acho que estou me apaixonando por você.
Eddie sorriu. Sorriu muito. Desde que viu aquela garota curiosa prestando atenção nele na sala de música, ele sentia que ela tinha alguma conexão com ele próprio. Era tão bom poder comprovar isso, no fim das contas.
Carmella aproximou o rosto do de Eddie com os lábios a centímetros dos dele. A corrente elétrica que ele causava em seu corpo estava presente e só queria compartilhar esse momento com ele.
Quando se beijaram, sentiram que foi diferente das outras vezes. Esse beijo parecia um selar silencioso da confidência que acabaram de trocar.
E ambos queriam muito levar isso adiante. Era perceptível pela forma em que se dedicaram a beijarem-se pelo maior tempo possível.
Os anéis frios causaram arrepios em Carmella quando Eddie segurou sua cintura para deitá-la na cama, ficando por cima dela. A língua dele invadiu sua boca novamente e aprofundou o beijo. Carmella gemeu baixinho por sentir-se tão segura nas mãos do garoto que ocupava seus pensamentos.
