Por mais que tente esquecer, certas coisas nunca ficarão apenas no passado.
Carmella Willis e Eddie Munson tiveram um breve e ardente relacionamento que foi interrompido por preconceitos externos fúteis sobre a visão da sociedade. Sendo Carmella fil...
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Sim, Carmella lembra. E assustou-se ao concluir que lembrava com grandeza de detalhes. Às árvores que ocupavam grande parte do caminho ao lado da estrada até a placa danificada pelo tempo que indicava onde ficavam os trailers.
Avistou o carro de Eddie já em frente ao trailer em que morava com o tio. Ele estava escorado e de braços cruzados na parte traseira do carro. Carmella estacionou ao lado.
— Bem-vinda ao meu lar. — Eddie indicou a porta do trailer com às mãos enquanto Carmella saía do carro.
— Seu tio não está em casa?
Eddie fez que não com a cabeça.
— Ele volta em alguns dias, então temos toda a privacidade do mundo. — Carmella olhou feio para Eddie. — O quê? Estou falando de privacidade para fazer negócios. Precisa limpar essa mente, Willis.
A garota enrubesceu violentamente, mas tentou disfarçar. Eddie ainda tinha o poder de deixá-la com o rosto pegando fogo.
Ao entrar no trailer, Carmella foi atingida por uma familiaridade gritante. Não queria focar nisso, mas não conseguiu deixar de pensar que quase nada havia mudado ali.
— Pode ficar à vontade, eu volto já. — Eddie falou e sumiu pela cortina que dava para o quarto dele.
Carmella olhou ao redor e puxou uma cadeira. Largou a mochila no chão ao lado da mesa e sentou. Eddie logo voltou com uma caixinha preta nas mãos.
— Você quer quanto, exatamente? — Ele questionou enquanto sentava de frente para Carmella.
A garota buscou o papel que o rapaz havia entregado a ela com a quantidade. Havia rasgado e separado a parte do endereço para Eddie não ver.
— Isso... — Passou o papel por cima da mesa e se encolheu na cadeira.
Eddie segurou o papel e olhou para ele por um tempo. Depois olhou para Carmella.
— Desembucha, Ella. — Eddie cruzou os braços e se escorou. — Isso não é pra você, não nessa quantidade.
— Você não pode só vender e não questionar? — Carmella praticamente implorou.
Eddie respirou fundo.
— Olha, vamos ser sinceros. Eu quase me sinto ofendido de você ter pensado que eu venderia qualquer coisa desse tipo pra você. Justo você. — Eddie girou o papel entre os dedos. — E você claramente não sabe o que está pedindo para eu vender. Você por acaso sabe o que é LSD?
Carmella gaguejou e não foi pouco. Nunca foi tão boa mentirosa e inventou de tentar isso justamente com Eddie.
— É-é uma d-droga... — Começou a falar. — E ela... E-ela causa esses efeitos... — Eddie encarou-a intensamente, incentivando que continuasse. — Efeitos diversos.
